Deputado Paulo Câmara denuncia descaso da Embasa em Luís Eduardo Magalhães
O deputado estadual Paulo Câmara (PSDB) denunciou, no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o que classificou como descaso da Embasa na execução e finalização de obras de saneamento no município de Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano.
Segundo o parlamentar, a estatal tem aberto buracos para implantação de redes de esgoto, mas deixa as vias públicas em estado precário, com obras entregues como finalizadas mesmo sem a devida recomposição do pavimento. O resultado, de acordo com Câmara, é uma cidade marcada por lama, sujeira e vias deterioradas, inclusive em avenidas importantes.
“Tatubasa”: crítica irônica à estatal
Durante a 106ª Sessão Ordinária da ALBA, Paulo Câmara usou tom duro e irônico para criticar a atuação da empresa.
“Uma empresa que tem orçamento bilionário e que deveria ser referência em bons serviços infelizmente deixa muito a desejar. Estou falando da ‘Tatubasa’, não é da Embasa. Porque ela é especializada em fazer buracos”, disparou o deputado.
O parlamentar ressaltou que o município vinha avançando significativamente na infraestrutura urbana, mas que as obras da estatal estariam comprometendo esse esforço.
“Ela entra numa cidade que tem pavimentação e faz uma destruição. O prefeito Júnior Marabá tem feito uma gestão exemplar, pavimentando quase 70% da cidade. Mas hoje Luís Eduardo Magalhães está destruída, como se tivesse passado uma retroescavadeira”, afirmou.
Nota da Embasa é contestada
Paulo Câmara também leu em plenário uma nota oficial enviada pela Embasa, na qual a empresa afirma que as avenidas Kiichiro Murata e Tancredo Neves, além das ruas Paraíba e 25 de Julho, tiveram a pavimentação “adequadamente recuperada” após as intervenções.
A estatal ainda alegou que imagens divulgadas pelo perfil @blogbahiaoficial retratariam uma situação que “não existe mais”.
A versão foi prontamente rebatida pelo deputado.
“Só se for outra cidade. Eu estive ontem em Luís Eduardo Magalhães e passei nessas avenidas. O que existe lá é lama. Uma verdadeira tragédia. Parece que passou um furacão”, reagiu.
Críticas à fiscalização e ao custo do serviço
O parlamentar também questionou a falta de fiscalização e o custo elevado cobrado da população pelo serviço de esgotamento sanitário.
“É como se não houvesse fiscalização, como se não houvesse respeito com o dinheiro público que os contribuintes pagam. São quase 80% de taxa de esgoto para receber um serviço ruim numa cidade da envergadura de Luís Eduardo Magalhães”, concluiu Paulo Câmara.
A denúncia amplia a pressão política sobre a Embasa e deve repercutir tanto na ALBA quanto entre gestores municipais e órgãos de controle.
