sexta-feira, 5 dezembro 2025
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Com rompimentos e críticas, Débora Régis enfrenta início turbulento de gestão em Lauro de Freitas

Em sete meses de governo, prefeita Débora Régis acumula perdas de aliados e críticas públicas, enquanto enfrenta desafios políticos e influência externa na gestão.

Débora Régis acumula rompimentos e críticas nos primeiros meses à frente de Lauro de Freitas

Prefeita Débora Régis enfrenta início de gestão marcado por rompimentos, críticas e disputas políticas em Lauro de Freitas.

Perda de aliados marca início da gestão

Em sua primeira experiência como chefe do Executivo, a prefeita de Lauro de Freitas, Débora Régis (União), vive um início de governo turbulento. Em apenas sete meses, já acumula rompimentos políticos e não contou com a tradicional “quarentena” de apoio que costuma marcar o primeiro ano de gestão. Entre os que deixaram a base estão Mauro Cardim, o vereador Gabriel Bandarra, conhecido como Tenóbio (PL), e o suplente de vereador e ex-superintendente de trânsito Gustavo Ferraz.

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Rompimentos e críticas públicas

O rompimento mais recente ocorreu em maio, com a saída de Gustavo Ferraz da superintendência, alegando “divergências internas”. Desde então, ele tem usado as redes sociais para criticar a administração, chegando a expor valores de contratos e salários de colaboradores.

“O governo de Débora queimou a largada e perdeu a chance de aproveitar o romance com a cidade nos 100 dias iniciais”, afirmou.

O vereador Tenóbio seguiu caminho semelhante, declarando independência política e adotando um tom crítico contra a prefeita e seu marido, Bruno Lins, que, mesmo sem cargo oficial, exerce influência na gestão. A ruptura coincidiu com a exoneração da esposa e do pai do vereador, além de outros servidores ligados a ele.

Aliados e impasses

Com o empresário Teobaldo Costa, não houve rompimento formal, apesar do desgaste gerado pela saída da ex-deputada Mirella Macedo da Secretaria de Saúde, em março. Mirella deixou o cargo por decisão própria, mas permanece aliada e manteve reuniões recentes com a prefeita.

Influência política de Camaçari

Parte das críticas de ex-aliados recai sobre a presença de figuras políticas de fora do município. O ex-prefeito de Camaçari, Antônio Elinaldo (União), é apontado como influente na composição do secretariado e em nomeações de segundo e terceiro escalão. Um exemplo é a secretária de Infraestrutura, Joselene Cardim, que ocupou o mesmo cargo na gestão de Elinaldo em Camaçari.

Redução de servidores e mudanças estruturais

Aliados atribuem os desafios políticos à reestruturação administrativa promovida por Débora Régis, que reduziu de 20 mil para menos de sete mil o número de servidores na folha de pagamento, rompendo com práticas da gestão anterior. “Óbvio que isso desagrada muita gente”, afirmou um aliado, defendendo as mudanças para projetar um novo rumo para a cidade.

Comparações e expectativas

O cenário é comparado, por governistas, ao início de ACM Neto na Prefeitura de Salvador em 2013, após a gestão de João Henrique. “Se ela governar como Moema, o que vai mudar?”, questionou um auxiliar, destacando que a prefeita precisará firmar seu estilo administrativo para superar as turbulências.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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