segunda-feira, 8 dezembro 2025
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Vereadores de Itapetinga pedem CPI para investigar suposto ofício falso assinado por prefeito

A Câmara de Itapetinga busca instalar uma CPI para apurar a autenticidade de um ofício que teria sido assinado pelo prefeito Eduardo Hagge pedindo intervenção estadual. Parlamentares suspeitam de falsidade ideológica.

Vereadores de Itapetinga solicitam CPI para apurar ofício que teria sido assinado por prefeito pedindo intervenção estadual

Vereadores de Itapetinga querem CPI para investigar suposto ofício falso atribuído ao prefeito Eduardo Hagge.

Documento atribuído ao prefeito gerou polêmica e mobilizou o Legislativo municipal

A Câmara de Vereadores de Itapetinga, localizada no Médio Sudoeste da Bahia, reuniu apoio suficiente para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar um ofício atribuído ao prefeito Eduardo Hagge (MDB). O documento teria sido encaminhado ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), solicitando intervenção estadual no município.
O pedido de abertura da CPI foi apresentado pelo vereador Sidinei Mendes (PSD) durante a sessão desta quarta-feira (6). A motivação principal, segundo ele, é investigar um possível caso de falsidade ideológica.

Vereador justifica a importância da CPI

“A CPI será fundamental para esclarecer a situação que está sendo investigada. Somos uma cidade que é para ser notícia como cidade polo, com obras do governo do estado, e não podemos ficar à margem do cenário baiano. Não sou defensor do prefeito, tampouco advogado dele — sou oposição. Respeito sua posição, mas só acreditarei quando ele se manifestar oficialmente com uma nota pública de defesa”, afirmou o parlamentar.

Documento polêmico gera desconfiança

A iniciativa ganhou força após a divulgação de um ofício supostamente assinado pelo prefeito, no qual se pedia ao governador o acompanhamento de um processo eleitoral envolvendo a cassação do diploma de um vereador condenado à prisão por cuspir em um servidor público.
Parte dos vereadores acredita que o documento não foi assinado por Eduardo Hagge e levantam a possibilidade de falsificação. Dos 15 parlamentares da Câmara, 10 já manifestaram apoio à abertura da CPI.

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“Acredito que quem fez isso deve estar com os neurônios à flor da pele. Nós vamos saber quem é essa pessoa que pode fazer isso com qualquer um de nós que estamos aqui”, declarou a vereadora Solange Santos (Solidariedade).

Trecho do ofício fala em estabilidade democrática

No ofício, atribuído ao prefeito, há um trecho que defende “a importância desse tema para a lisura e a estabilidade democrática” de Itapetinga e solicita que fossem adotadas “medidas cabíveis, no âmbito das competências [do Governador], para que se mantenha a decisão já proferida pelo TRE-BA”.

Aliado do vereador cassado propôs a CPI

Vale destacar que o vereador Sidinei Mendes, autor da proposta de criação da CPI, é aliado do ex-vereador Diego Queiroz Rodrigues, conhecido como Diga Diga. Ele é justamente o político envolvido no processo de cassação. Diga Diga teve a prisão decretada pela Vara Especializada de Itapetinga, que revogou uma pena anterior e determinou o cumprimento da sentença em regime fechado.
Durante a sessão, vários parlamentares usaram a tribuna para reforçar que o prefeito não teve envolvimento no pedido de intervenção e defenderam a criação da comissão como forma de esclarecer os fatos.

Parlamentares se dividem entre apoio ao prefeito e denúncia de falsificação

“Eduardo [prefeito] é um cara íntegro. O que ele vem fazendo com sua equipe é para avançar Itapetinga. Mas depara com pessoas que envergonham a política. Respeita o nome do prefeito quem está fazendo de má-fé. Não querem destruir só o vereador, querem destruir a gestão Eduardo Hagge. Não podemos aceitar que malandros vão falsificar o nome do prefeito. Ele é íntegro”, defendeu o vereador Anderson Cruz (União Brasil).

Parlamentares apontam suspeita de falsificação e pressionam por apuração

Em resposta à matéria publicada pelo Bahia Notícias, que trouxe à tona o conteúdo do ofício, os parlamentares reafirmaram que há suspeita de falsificação e negaram qualquer envolvimento do prefeito na suposta solicitação de intervenção.

“As pessoas estão falsificando documentos em nome do prefeito para tentar tirar o mandato do vereador. Se algum suplente quiser a vaga, que lute nas urnas nas eleições de 2028. Deixem o vereador trabalhar”, disse Sidinei Mendes.

Prefeito e autor da CPI não se pronunciaram

O Bahia Notícias tentou contato com o vereador Sidinei Mendes e com o prefeito Eduardo Hagge para obter posicionamento sobre o caso. Até o momento da publicação, nenhum dos dois respondeu, mas o espaço segue aberto para manifestações.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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