A divulgação da lista de bandas locais e regionais habilitadas para participar do Carnaval de Juazeiro 2024 gerou controvérsias, com um grupo de artistas locais questionando a transparência e a democracia do processo de credenciamento. No texto intitulado “Não foi democrático“, o grupo acusa a coordenação de negligenciar o edital e favorecer artistas com laços pessoais com a prefeitura ou a comissão organizadora.
Entre os principais pontos levantados no texto, os artistas destacam a aprovação de dois shows para alguns artistas, tanto como solo quanto como banda, o que, segundo eles, impossibilita a contratação de outros artistas. Além disso, apontam para a presença de selecionados que são amigos ou têm parentesco com funcionários da prefeitura ou da comissão organizadora do Carnaval, alegando um possível favorecimento.
Outra crítica se refere à contradição com o edital, já que a lista deveria ter sido divulgada no dia 17 de janeiro, mas foi tornada pública apenas no dia 22, conforme apontado pelos artistas. Durante a semana, relatos indicam que a prefeitura estaria contratando bandas antes mesmo da divulgação oficial, o que contraria as regras estabelecidas no edital de credenciamento.
Os artistas argumentam que esse não é um incidente isolado, mencionando situações semelhantes no Carnaval de 2023. A falta de retorno aos artistas não habilitados e o descaso com as regras do edital são apontados como fatores que ferem os direitos dos artistas locais. Os relatos sugerem que a gestão municipal, em conjunto com a comissão organizadora do Carnaval, manipula e cria processos que beneficiam parceiros, prejudicando a imparcialidade e a equidade no processo de seleção.
Essas controvérsias acrescentam mais uma camada de críticas à gestão municipal em relação à organização do Carnaval de Juazeiro, colocando em foco a necessidade de transparência e imparcialidade nas práticas de seleção de artistas para o evento.
Fonte: Preto no Branco