Desafios no saneamento e coleta de Lixo em Cairu
Cairu, destacado destino turístico da Bahia, vem enfrentando severos problemas de lixo e saneamento básico, apesar dos significativos investimentos em serviços de coleta. Com uma população estimada de 18 mil habitantes e sendo o único arquipélago brasileiro com 26 ilhas, a situação atual coloca em risco tanto a saúde pública quanto o potencial turístico da região.
Investimentos e contratos questionados
De acordo com o vereador Arthur Wense, a administração do prefeito Hildécio Meireles vem realizando gastos vultosos com a coleta de lixo, distribuídos entre três empresas, somando mais de R$ 24 milhões. A eficácia desses serviços, no entanto, é colocada em xeque pela comunidade local, que reclama da insuficiência da coleta e do estado de abandono das infraestruturas de saneamento.
Problemas com a tarifa sobre uso do patrimônio do Arquipélago (TUPA)
A TUPA, uma taxa imposta aos visitantes de Morro de São Paulo, supostamente destinada a financiar a gestão do lixo, tem sido objeto de polêmica. A população questiona a aplicação efetiva desses recursos, enquanto a prefeitura planeja expandir a cobrança para a Ilha de Boipeba.
Consequências da má gestão Ambiental
A crise de saneamento em Cairu, evidenciada por esgotos a céu aberto e lixo acumulado nas ruas, reflete não apenas uma falha na execução dos serviços de limpeza, mas também na preservação dos recursos hídricos e naturais do arquipélago. Iniciativas comunitárias, como a formação de cooperativas em Boipeba, surgem como resposta à ineficácia dos esforços governamentais.
Resposta da Prefeitura
A prefeitura de Cairu defende a adequação dos serviços de coleta em Morro de São Paulo e aponta para contratos com a Embasa visando melhorar o sistema de esgotamento sanitário. Contudo, a eficácia dessas medidas ainda é questionada pela população, que aguarda ações mais concretas e efetivas para solucionar os problemas de saneamento e gestão de resíduos.