Trump diz que Putin responderá a ataque ucraniano e repostagem de mensagem levanta alerta
O presidente dos EUA fala em telefonema com líder russo após destruição de 41 aviões
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (4) em publicação na rede Truth Social que conversou por telefone com Vladimir Putin, presidente da Rússia, e que o líder russo prometeu uma resposta aos ataques ucranianos realizados no domingo (1º). A publicação foi apagada por Trump, mas repostada pouco tempo depois.
Operação ucraniana destruiu parte considerável da frota aérea russa
O ataque surpresa foi batizado de “Operação Teia de Aranha” e atingiu 41 aviões bombardeiros da Força Aérea da Rússia em cinco bases diferentes. A ofensiva, planejada durante um ano e meio, utilizou drones escondidos em contêineres de caminhões, que circularam disfarçados por território russo até atingir alvos a mais de 4.000 km da linha de frente.
Putin promete resposta e Trump não prevê paz no curto prazo
“Acabei de falar, por telefone, com o presidente Vladimir Putin, da Rússia. (…) Discutimos o ataque aos aviões atracados da Rússia, realizado pela Ucrânia, e também vários outros ataques que vêm ocorrendo de ambos os lados. Foi uma boa conversa, mas não uma conversa que leve a uma paz imediata. O presidente Putin afirmou, e com muita veemência, que terá que responder ao ataque recente aos aeródromos”, escreveu Trump.
Alerta para Kiev em meio à instabilidade nas relações com os EUA
A declaração do presidente acendeu alerta em Kiev. Apesar dos EUA serem aliados da Ucrânia, as relações entre os dois países estão desgastadas desde o retorno de Trump à presidência. A conversa entre Trump e Putin ocorreu após uma reunião de alto escalão do governo russo em que Putin afirmou que “a Ucrânia não busca a paz”.
Ucrânia usou drones escondidos em contêineres para invadir território russo
A operação destruiu bombardeiros Tu-95, Tu-22M e A-50, aeronaves estratégicas que desempenham papéis centrais nos ataques russos à Ucrânia. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, os alvos foram bases aéreas nas regiões de Irkutsk, Murmansk, Amur, Ivanovo e Ryazan. O método surpreendeu pela complexidade: drones com explosivos foram ocultados entre painéis no teto de contêineres transportados em caminhões. Ao chegarem ao destino, o topo dos contêineres foi aberto por controle remoto e os drones decolaram diretamente das carretas.
Rússia considera ataque como terrorismo; Zelensky celebra resultado
O governo russo classificou os ataques como “atos terroristas”. Por outro lado, o presidente Volodimyr Zelensky comemorou a operação como “brilhante” e “nossa operação de maior alcance”. De acordo com informações divulgadas pela inteligência ucraniana e publicadas pelo *Financial Times*, os danos causados ultrapassam os US$ 7 bilhões e teriam atingido cerca de 34% da frota estratégica de bombardeiros da Rússia.
Operação foi mantida em sigilo dos aliados
O governo ucraniano afirmou que os Estados Unidos não foram informados previamente sobre a operação. A ofensiva foi supervisionada por Zelensky e pelo chefe da inteligência doméstica ucraniana, Vasyl Maliuk, que liderou o planejamento da missão ao longo dos últimos dezoito meses.
