A tensão na região assusta a comunidade internacional, que pede “prudência”. Chefes de Estado e de governo de todo o mundo, a Otan e o G7 fizeram apelos em prol de uma desescalada de tensão. O Conselho de Segurança realizou reunião de emergência, enquanto o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou a grave escalada e pediu o fim imediato das hostilidades.
Líderes do G7 e países árabes alertaram para uma escalada de violência e pediram “contenção” a Israel e Irã. China e Rússia se uniram aos apelos, pedindo calma e resolução do conflito por meio de vias políticas e diplomáticas. Os Estados Unidos reforçaram o apoio a Israel, mas também fizeram reunião de emergência com a equipe encarregada de segurança nacional.
Sob a ameaça de escalada na guerra do Oriente Médio, o Gabinete de Guerra de Israel se mostrou favorável a responder ao ataque do Irã, na noite do último sábado (13/4). Benny Gantz, membro do Gabinete de Guerra, afirmou que os iranianos pagarão pela ofensiva militar.
Israel, já em guerra contra o Hamas, foi atingido por mais de 300 projéteis disparados por Teerã, entre drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos. Uma base da força aérea em Nevatim, no sul do país, também sofreu danos.
De acordo com a RFI, após o ataque, o Irã considera o caso encerrado, afirmando que a investida foi uma resposta ao bombardeio israelense ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, em 1° de abril. O Irã indicou que não tem intenção de dar sequência à operação, mas preveniu que, em caso de comportamento imprudente de Israel, a próxima operação iraniana será ainda maior do que a de sábado.
O porta-voz das Forças Armadas Israelenses indicou que Israel “frustrou” o ataque iraniano interceptando 99% dos projéteis. O ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, pontuou que, com a ajuda dos Estados Unidos e de outros países parceiros, Israel conseguiu defender seu território. O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, disse que haverá resposta ao Irã, e o gabinete de segurança israelense se reuniu para debater sobre como será o contra-ataque.