Javier Milei se opõe à legalização do aborto na Argentina
O presidente argentino, Javier Milei, reiterou sua posição contrária ao aborto, referindo-se à prática como “assassinato”, durante uma declaração em um evento na escola onde completou seu ensino médio. A legislação que legaliza o aborto no país, aprovada em 2020 e sancionada pelo então presidente Alberto Fernández, é agora questionada pela atual administração.
Declarações contundentes contra o aborto
Milei descreveu o aborto como “um assassinato agravado pelo vínculo”, enfatizando sua conexão biológica e moral entre a gestante e o feto. As declarações foram feitas em um ambiente simbolicamente significativo para o presidente, reforçando suas convicções pessoais e ideológicas sobre o tema.
A luta simbólica dos lenços verdes
O presidente também criticou os defensores da legalização do aborto na Argentina, referindo-se a eles como “os assassinos dos lenços verdes”, em alusão ao símbolo adotado pelo movimento feminista no país e além. Este comentário surge em um momento de avanços significativos para o movimento pró-escolha globalmente, exemplificado pela recente inclusão do direito ao aborto na Constituição da França.
Esforços para a revogação da legislação
O partido de Milei, A Liberdade Avança, tomou medidas legislativas propondo um projeto de lei que busca revogar a legalização do aborto na Argentina. Embora o governo tenha indicado que essa questão não é uma prioridade, a iniciativa reflete o desejo de reverter a legislação atual que permite o aborto até a 14ª semana de gestação.
Impacto e reações à posição de Milei
A postura de Milei reacende o debate sobre o aborto na Argentina, um país que se tornou um dos primeiros da América Latina a legalizar a prática, estabelecendo um marco significativo para os direitos das mulheres na região. A discussão sobre o tema promete ser um ponto de polarização no país, refletindo as complexas dinâmicas sociais, religiosas e políticas que influenciam a questão.