Airbnb proíbe instalação de câmeras em hospedagens
A plataforma Airbnb, líder em aluguel por temporada, anunciou em março uma série de mudanças em suas políticas, proibindo expressamente a instalação de câmeras em espaços internos das hospedagens listadas. Esta decisão surge como uma medida de proteção à privacidade dos hóspedes, após relatos de câmeras ocultas encontradas por hóspedes em diferentes locais.
Incidentes levam à mudança de política
Casos como o de um casal paulista que descobriu uma câmera escondida durante uma estadia em Porto de Galinhas e outro casal em Copacabana chamaram a atenção para a questão da vigilância não autorizada em hospedagens.
Clarificação e novas diretrizes
Segundo o Airbnb, as novas regras, que entrarão em vigor no final de abril, visam clarificar as políticas e garantir maior transparência para a comunidade. Anteriormente, a plataforma exigia apenas a divulgação da presença de câmeras nos anúncios. Agora, também será necessário informar sobre câmeras externas e sua localização.
A privacidade no centro das atenções
Especialistas em direito imobiliário, como a advogada Taylane Nunes, enfatizam que a privacidade dos hóspedes, mesmo em áreas comuns, deve ser respeitada. Com as novas regras, equipamentos como babás eletrônicas e campainhas inteligentes também serão proibidos nos espaços internos.
Reação dos anfitriões às mudanças
Anfitriões e administradores de imóveis já começam a se adaptar às novas diretrizes, removendo câmeras internas e atualizando as informações nos anúncios. Alguns, como André Mota, fundador da Alugue Temporada Salvador, tiveram que adaptar a gestão de suas propriedades e informar sobre a presença de câmeras em áreas comuns dos condomínios.
Adaptação e conformidade
Empresas como a 535 Homes planejam incluir cláusulas específicas em contratos com proprietários para assegurar a adesão às novas políticas e manter a confiança de clientes e hóspedes.
Consequências do descumprimento
Além das possíveis penalidades administrativas impostas pelo Airbnb, o advogado criminalista Anderson Patrocínio lembra que a instalação de câmeras pode acarretar responsabilidades criminais, especialmente se houver registro e divulgação de cenas íntimas sem consentimento.