A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que investigava o influenciador fitness Renato Cariani, juntamente com outras duas pessoas, por suspeita de envolvimento em atividades ilegais relacionadas ao desvio de produtos químicos para a produção de entorpecentes. Após um meticuloso período de dez meses de investigações, o trio foi oficialmente indiciado pelos crimes de tráfico equiparado, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
O relatório final da PF, encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), não incluiu pedido de prisão para os indiciados, permitindo que respondam às acusações em liberdade. O próximo passo envolve a análise do relatório pelo MPF, que decidirá se apresentará ou não denúncia contra os envolvidos.
Além de Cariani, Roseli Dorth, sócia do influenciador na indústria química, e Fábio Spinola foram indiciados. Eles são acusados de utilizar a empresa para emitir notas fiscais falsas nas vendas de produtos para companhias farmacêuticas de renome internacional.
A investigação da PF destacou que aproximadamente 12 toneladas de produtos químicos, entre eles fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila, teriam sido desviados em 60 transações suspeitas. Esses produtos seriam a matéria-prima para a produção de quase 19 toneladas de cocaína e crack, segundo a corporação.
As autoridades explicaram que Cariani e Dorth estavam cientes e ativamente envolvidos no esquema. As provas coletadas incluem interceptações telefônicas autorizadas judicialmente. Spinola, por sua vez, é apontado como o articulador do fornecimento de insumos entre a Anidrol, empresa associada ao caso, e redes de tráfico de drogas.
Desde o início da operação da PF, Renato Cariani tem se pronunciado em suas redes sociais, reiterando sua inocência e compartilhando informações sobre o andamento das investigações. Em um vídeo recente, ele expressou sua surpresa com a busca e apreensão em sua residência e enfatizou que sua defesa ainda está no processo de compreensão completa do caso. Cariani também mencionou que respondeu a todas as questões apresentadas em seu depoimento à PF em São Paulo, no dia 18 de dezembro.
Este caso sublinha a complexidade das investigações envolvendo figuras públicas e destaca a necessidade de um processo legal meticuloso e justo, à medida que avançam as etapas judiciais.