Conflitos no Governo sobre veto de Lula ao Projeto das Saidinhas
O presidente Lula enfrenta um intenso debate interno com seus ministros sobre o veto ao projeto das saidinhas, que limita as condições em que presos podem receber saídas temporárias. A divergência foi especialmente marcante entre o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e outros membros do gabinete.
Argumentos contra e a favor do veto
Enquanto Lewandowski defendeu o veto ao projeto, argumentando a importância de manter os direitos dos presos às visitas familiares, outros ministros, como Rui Costa da Casa Civil e Alexandre Padilha de Relações Institucionais, pressionaram pela sanção integral. Eles acreditavam que evitar o veto minimizaria atritos com um Congresso conservador e reduziria o desgaste político em ano eleitoral.
Detalhes da sanção e o desdobramento Político
Após intensas discussões que se estenderam até horas antes da sanção, em 11 de abril, Lula decidiu vetar parte do texto que proibia completamente as saidinhas para visitas familiares. A decisão seguiu a recomendação de Lewandowski, contra a posição de outros ministros que argumentavam que a medida enfrentaria resistência severa no Congresso.
A restrição ampliada aprovada pelo Congresso limitou significativamente o número de presos elegíveis para as saídas temporárias, algo que antes era permitido apenas para crimes hediondos com morte. Agora, todos os crimes hediondos, e também aqueles cometidos com violência ou grave ameaça sem morte, estão inclusos.
Expectativa para a revisão do veto no Congresso
O veto de Lula está programado para ser revisado pelo Congresso nesta quinta-feira, com expectativas de que seja derrubado, o que restabeleceria o texto como originalmente aprovado pelos parlamentares. A decisão do presidente gerou uma onda de debates sobre a abordagem do governo à segurança pública e seus impactos políticos e sociais.