Deputada Carla Zambelli é presa na Itália após condenação no STF
Deputada Carla Zambelli é presa na Itália após dois meses foragida. STF havia condenado a parlamentar a 10 anos de prisão por pedido de invasão ao CNJ.
Parlamentar estava foragida desde junho e foi detida após pedido de extradição do Supremo Tribunal Federal
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira, 29 de julho, na Itália, após dois meses foragida da Justiça brasileira. A prisão foi confirmada pela Polícia Federal e pelo Ministério da Justiça do Brasil. A parlamentar era procurada desde junho, após ter sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Zambelli foi sentenciada a 10 anos de prisão, em regime inicial fechado, por envolvimento direto em um esquema de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A deputada foi acusada de solicitar a um hacker a emissão de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, relator de diversos inquéritos ligados ao bolsonarismo no STF.
Condenação e fuga
A sentença foi determinada pela Primeira Turma do STF durante julgamento realizado em maio deste ano. Após a decisão, Zambelli deixou o país e passou a ser considerada foragida. A Polícia Federal, então, acionou os mecanismos internacionais de cooperação policial e solicitou a extradição da parlamentar junto às autoridades italianas.
Zambelli possui cidadania italiana, o que pode dificultar ou prolongar o processo de extradição. A Justiça da Itália deverá agora abrir um procedimento para avaliar o pedido de envio da deputada de volta ao Brasil para o cumprimento da pena.
Repercussão e próximos passos
A prisão da deputada repercutiu imediatamente no meio político. O STF ainda aguarda a tramitação do processo no sistema judicial italiano para que a parlamentar seja oficialmente extraditada. Caso a Justiça italiana negue o pedido, Zambelli poderá cumprir pena no próprio país europeu ou responder em liberdade, a depender da decisão local.
A defesa da deputada ainda não se pronunciou sobre a prisão. Já o Ministério da Justiça brasileiro confirmou que segue monitorando o caso em articulação com a Interpol e o Itamaraty.
