Operação Fogo Amigo expõe venda ilegal de armas por PMs
Na ‘Operação Fogo Amigo’, deflagrada pela Polícia Federal, foi revelado um esquema de corrupção envolvendo policiais militares da Bahia, que vendiam armas e munições para facções criminosas. Esta terça-feira, 21, marcou um ponto crítico na investigação, com a prisão de dez PMs e a apreensão de vasto material bélico destinado ao crime organizado.
Detalhes do esquema
Os policiais militares envolvidos no esquema desviavam cerca de 20 armas por mês e forneciam aproximadamente 10 mil munições mensalmente para grupos criminosos, principalmente o Bonde do Maluco (BDM), atuante em Juazeiro, Bahia, e possivelmente outras facções nos estados de Alagoas e Pernambuco. As investigações indicam que os armamentos eram vendidos por pelo menos o dobro do valor original.
Ações da operação
A operação conjunta entre as forças de segurança desencadeou 20 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão. Dentre os presos, destaca-se o ex-subcomandante da 41ª CIPM, Mauro das Neves Grunfeld, capturado em seu domicílio no bairro da Graça, em Salvador.
Impacto e repercussões
Este escândalo lança uma sombra sobre a integridade da Polícia Militar da Bahia, questionando a eficácia dos controles internos e a conduta ética dentro da corporação. O caso também intensifica o debate sobre segurança pública e corrupção policial, exigindo respostas firmes e reformas significativas para prevenir futuros incidentes.