Jerônimo Rodrigues sanciona empréstimo de R$ 4,5 bi para reduzir dívida da Bahia
Jerônimo Rodrigues sanciona lei que autoriza empréstimo de R$ 4,5 bilhões junto ao Banco Mundial em ienes para reduzir dívida e fortalecer equilíbrio fiscal da Bahia.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), sancionou nesta quinta-feira (4) a lei que autoriza o Estado a contratar um empréstimo de R$ 4,5 bilhões (122,5 bilhões de ienes) junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), braço do Banco Mundial.
Segundo a Secretaria da Fazenda da Bahia (Sefaz-BA), os recursos serão utilizados para reestruturar o perfil da dívida estadual, substituindo parte do passivo atual por um financiamento em condições mais vantajosas, com menor custo e maior prazo.
Empréstimo em moeda japonesa
Essa é a 19ª operação de crédito solicitada pelo governador desde 2023, totalizando R$ 23 bilhões em pedidos. Mas, desta vez, Jerônimo adotou uma estratégia inédita: o empréstimo foi firmado em ienes japoneses, e não em dólar ou euro.
De acordo com a Sefaz, a escolha se deu após estudos técnicos que apontaram o iene como a moeda mais estável para a operação.
“A definição pelo iene levou em conta estudo que considerou a moeda japonesa a mais estável, oferecendo melhores condições para a contratação do financiamento”, explicou a pasta em nota.
Economia estimada de R$ 1 bilhão
Com a operação, o governo projeta economia de aproximadamente R$ 1 bilhão aos cofres públicos. A medida foi aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) no último dia 26, com votos contrários apenas da bancada de oposição.
O secretário da Fazenda, Manoel Vitório, destacou que a Bahia mantém trajetória de redução da dívida e cumpre rigorosamente seus compromissos financeiros:
“As operações de crédito contratadas pelo governo baiano estão tecnicamente respaldadas pela consistente realidade financeira das contas do Estado, que seguem em equilíbrio fiscal, com baixo endividamento.”
Endividamento controlado
De acordo com a Sefaz, a dívida consolidada líquida da Bahia equivalia a 37% da receita corrente líquida em 2024, caindo para 32% no primeiro quadrimestre de 2025. O índice está muito abaixo do limite legal de 200% e também distante do patamar de estados como Rio de Janeiro (199%), Rio Grande do Sul (179%), Minas Gerais (151%) e São Paulo (119%), segundo dados do Tesouro Nacional (Siconfi).
