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domingo, 19 maio 2024
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Petrobras planeja nova tentativa para perfurar poço no litoral do Amapá em 2024

Petrobras busca reabrir diálogo com o Ibama para obter autorização para perfurar no Amapá ainda em 2024, enfrentando desafios ambientais e regulatórios.

Petrobras reinicia esforços para perfuração no Amapá apesar de desafios ambientais

A Petrobras está preparando uma nova ofensiva para obter autorização para um simulado de perfuração de um poço de petróleo no litoral do Amapá, planejado para outubro de 2024, quando a sonda necessária estará disponível. Este movimento marca a retomada das negociações com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), após negativas anteriores de licenciamento devido a preocupações ambientais.

Antecedentes da licença negada

Quase um ano após ter sua licença para perfuração negada pelo Ibama, a Petrobras busca superar os impasses que surgiram no final do governo de Jair Bolsonaro e persistiram com a mudança de orientação na política ambiental do atual governo. A sonda, anteriormente posicionada na área do bloco 59 da bacia da Foz do Amazonas, foi deslocada para outras regiões, incluindo o litoral do Rio Grande do Norte e posteriormente para a região Sudeste.

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Desafios e expectativas da estatal

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, expressou na última terça-feira que a empresa não pressionou o Ibama anteriormente por estar ocupada com o uso da sonda em outros projetos. Agora, com a sonda disponível em agosto, a Petrobras planeja intensificar os esforços para garantir a licença, crucial para o início da perfuração.

O papel do Ibama e as preocupações ambientais

O Ibama rejeitou a licença citando a falta de um estudo de Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) e preocupações sobre o socorro à fauna em caso de acidente. A Petrobras, no entanto, acredita que já atendeu a todas as exigências regulatórias e que a decisão final cabe ao Estado brasileiro, ponderando entre a necessidade de explorar novas fronteiras petrolíferas e os imperativos ambientais.

Apoio e resistências ao projeto

Apesar do apoio do Ministério de Minas e Energia (MME) e de lideranças políticas do Amapá, a Petrobras enfrenta resistência tanto do Ministério do Meio Ambiente (MMA) quanto de organizações ambientalistas. A estatal defende a perfuração como essencial para evitar a necessidade de importação de petróleo na próxima década e para manter a autossuficiência do país.

Com a análise do veto prevista para breve, a situação no Amapá representa um dos principais dilemas da transição energética global, colocando em contraste a autossuficiência energética e a proteção ambiental.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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