Desemprego no Brasil cai para 6,6% no trimestre encerrado em agosto, menor taxa desde 2015
O desemprego no Brasil atingiu 6,6% no trimestre encerrado em agosto de 2024, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 27 de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a menor taxa de desocupação registrada para um trimestre finalizado em agosto na série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.
Queda expressiva no número de desempregados
A população desocupada no país caiu para 7,3 milhões, uma redução de 6,5% em relação ao trimestre anterior e de 13,4% em comparação com o mesmo período do ano passado. Esse é o menor número de desocupados desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.
A população ocupada alcançou um novo recorde histórico, chegando a 102,5 milhões de trabalhadores. O crescimento foi de 1,2% no trimestre e 2,9% no ano, consolidando o maior nível de ocupação desde 2013.
Setor privado bate recorde de empregos com carteira assinada
O número de empregados no setor privado também registrou novos recordes. O total de trabalhadores com carteira assinada atingiu 38,6 milhões, enquanto os empregados sem carteira somaram 14,2 milhões. Ambos os números representaram altas expressivas no ano, com um aumento de 3,8% para os empregados com carteira e 7,9% para os sem carteira.
Redução na subutilização da força de trabalho
A taxa de subutilização da força de trabalho caiu para 16%, a menor para um trimestre encerrado em agosto desde 2014. A população subutilizada também registrou queda, atingindo 18,5 milhões de pessoas, o menor número desde 2015.
Além disso, a população desalentada, composta por aqueles que desistiram de procurar emprego, diminuiu para 3,1 milhões, o menor contingente desde maio de 2016.
Rendimento e massa salarial em alta
O rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 3.228, um aumento de 5,1% em comparação ao ano anterior. A massa de rendimento real habitual atingiu R$ 326,2 bilhões, representando um crescimento de 1,7% no trimestre e de 8,3% no ano.
Informalidade permanece elevada
Apesar dos avanços, a taxa de informalidade no Brasil continua elevada, representando 38,8% da população ocupada, o que corresponde a 39,8 milhões de trabalhadores informais. Esse número é um pouco superior ao trimestre anterior (38,6%), mas ainda inferior ao registrado no mesmo período de 2023 (39,1%).