sexta-feira, 5 dezembro 2025
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Contas do governo têm déficit de R$ 59,1 bi em julho, pior resultado desde 2020

Tesouro Nacional aponta que impacto de precatórios, alta do salário mínimo e aumento de beneficiários da previdência pressionaram as contas públicas.

Contas do governo registram déficit de R$ 59,1 bilhões em julho, o pior desde 2020

Contas do governo central registraram déficit de R$ 59,1 bilhões em julho de 2025, pior resultado para o mês desde 2020. Precatórios e previdência pressionaram as despesas.

Resultado histórico negativo

O governo central — que engloba Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social — encerrou julho de 2025 com déficit primário de R$ 59,1 bilhões, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (28) pelo Tesouro Nacional. É o pior desempenho para o mês desde 2020, quando o rombo chegou a R$ 87,8 bilhões em meio à pandemia.

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Principais fatores para o rombo

O aumento das despesas públicas foi impulsionado por fatores estruturais e conjunturais:

  • Precatórios: pagamentos tiveram forte impacto nas despesas do período;

  • Previdência: crescimento do número de beneficiários e reajuste do salário mínimo ampliaram os gastos;

  • BPC (Benefício de Prestação Continuada): despesas adicionais reforçaram a pressão sobre o caixa;

  • Reposições extraordinárias: houve o pagamento de R$ 908,4 milhões a beneficiários prejudicados por descontos indevidos do INSS.

Acumulado do ano e em 12 meses

  • Janeiro a julho de 2025: déficit de R$ 70,3 bilhões, menor que os R$ 76,2 bilhões registrados no mesmo período do ano passado;

  • Últimos 12 meses: déficit acumulado de R$ 34,1 bilhões, equivalente a 0,3% do PIB.

Receita x Despesa

  • Despesas totais: alta de 28,3% frente a julho de 2024, o que representa um acréscimo de R$ 57,4 bilhões;

  • Receita líquida: crescimento modesto de 3,9%, ou R$ 7,6 bilhões;

  • Receitas administradas: alta de 5,8%, impulsionada por pagamentos extraordinários de impostos da pessoa jurídica, especialmente de instituições financeiras.

Contexto econômico

O resultado negativo reforça os desafios fiscais do governo em meio ao aumento dos gastos sociais e ao ritmo mais lento de crescimento da arrecadação. Apesar da melhora no déficit acumulado no ano, os números de julho acendem alerta sobre a necessidade de ajuste fiscal mais consistente para o equilíbrio das contas públicas.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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