O crescimento econômico do Brasil em maio de 2024
A economia do Brasil registrou um crescimento de 0,3% de abril para maio de 2024, impulsionada significativamente pelo aumento do consumo interno. Comparativamente ao mesmo período do ano anterior, houve uma expansão de 1,3%. Este aumento reflete um período de doze meses com um crescimento acumulado de 2,4%, conforme revelado pelo Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Visão geral do desempenho econômico
A pesquisa, coordenada por Juliana Trece, serve como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) e destaca o papel vital do consumo familiar no impulso da economia em maio. “O aumento no consumo das famílias, que viu a maior alta do ano neste mês, junto com o crescimento dos investimentos, sinaliza uma demanda interna robusta”, explicou Trece.
No entanto, a produção nacional não mostrou o mesmo vigor, com a agropecuária sendo a única área com crescimento, enquanto a indústria e serviços permaneceram estagnados. Esse descompasso pode indicar pressões inflacionárias futuras se a tendência persistir.
Análise detalhada do consumo e investimento
O estudo trimestral detalha que o consumo das famílias subiu 4,6% no trimestre encerrado em maio em relação ao mesmo período de 2023, influenciado principalmente pelo consumo de serviços e produtos não duráveis. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), um indicativo do nível de investimento, avançou 4,5% no mesmo período.
A taxa de investimento atingiu 18% em maio, ligeiramente acima da média histórica desde 2000, que é de 17,9%. Por outro lado, as exportações cresceram 3,2%, mostrando uma desaceleração em relação ao trimestre anterior, enquanto as importações avançaram 10,3%, impactando negativamente o crescimento econômico geral.
Previsões e impactos futuros
Esses dados preliminares da FGV são complementados pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que também apontou um crescimento de 0,25% para o mesmo período. O resultado oficial do PIB para o segundo trimestre será divulgado pelo IBGE no dia 3 de setembro, com a expectativa de mais insights sobre a direção da economia brasileira.