Brasil tende a sofrer menos impacto comercial das tarifas dos EUA, afirma presidente do BC
Presidente do Banco Central diz que Brasil sofrerá menos impacto comercial das tarifas dos EUA devido à menor dependência econômica.
Declaração foi dada durante evento em São Paulo
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (11) que o Brasil deve ser menos afetado comercialmente pelas tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos do que outras nações. A declaração ocorreu durante palestra no Conselho Político e Social (COPS) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na capital paulista.
Menor dependência da economia americana
Segundo Galípolo, a economia brasileira leva vantagem neste momento por ser mais diversificada e menos dependente da economia americana. Ele comparou o cenário com o do México, mais atrelado aos Estados Unidos, destacando que essa diferença agora atua como proteção para o Brasil.
“Quando a economia americana estava construindo essa exuberância, a Bolsa estava crescendo muito, (a economia tendo) ganhos de produtividade, quem enxergava o México colado na economia americana falava ‘bom, então ele vai se beneficiar disso’. O Brasil, menos correlacionado, era visto como alguém que se beneficiaria menos no caso da exuberância americana permanecer”, explicou.
De desvantagem a proteção
O presidente do BC acrescentou que o anúncio do tarifaço muda a percepção sobre a relação comercial: “A partir do anúncio de um tarifaço, aquilo que era visto como uma desvantagem passou a ser visto como proteção. Como o Brasil depende menos dos Estados Unidos, vai se machucar menos do ponto de vista comercial”, concluiu.
