domingo, 24 novembro 2024
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Campos Neto enfatiza papel do Banco Central na agenda climática e destaca progresso do Brasil

Roberto Campos Neto destaca a importância da agenda climática para os Bancos Centrais e o avanço positivo da narrativa do Brasil sobre sustentabilidade.

BC incorpora a agenda climática em suas políticas, segundo Campos Neto

Roberto Campos Neto, à frente do Banco Central do Brasil, reconhece a crescente relevância da agenda climática para os Bancos Centrais globalmente. Segundo ele, variações climáticas influenciam diretamente a economia, ajustando preços e afetando a política monetária.

Melhora na narrativa Verde do Brasil

Em conversa com a Folha, ele aponta uma evolução significativa na percepção global sobre o compromisso do Brasil com a sustentabilidade.

“Os investidores e as pessoas entenderam que há uma preocupação [no Brasil], que tem projetos, qual o sequenciamento deles e para onde está indo em termos de medidas de sustentabilidade”, ressalta Campos Neto.

O Brasil como potência em Energia Sustentável

Campos Neto visualiza o Brasil como um protagonista na produção de bens com energia sustentável. Esta visão coloca o país como um destino atraente para investimentos verdes, dada a abundância de recursos para energia limpa.

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Integração da agenda Verde aos mandatos dos BCs

A integração da sustentabilidade aos objetivos dos Bancos Centrais é vista como essencial.

“Agora, está muito claro que, se tivermos problemas climáticos em sequência isso também afeta a política monetária, porque tem distorção de preços, afeta logística e energia. Afeta os juros e, em última instância, afeta a estabilidade financeira”, explica o presidente do BC.

Brasil e investimentos Verdes

Durante a administração anterior, Campos Neto já destacava-se por sua defesa de uma agenda ecológica. Ele reflete sobre o desenvolvimento gradual do tema da sustentabilidade no Brasil, que passou por várias “ondas” de foco, desde a geração de energia limpa até a produção sustentável de alimentos.

A preocupação dos investidores com a sustentabilidade é identificada como um movimento crescente, onde o Brasil teve que aprimorar sua narrativa para não perder oportunidades de investimentos verdes.

Resposta a Críticas e Avanço na Sustentabilidade

Campos Neto menciona esforços para responder a críticas internacionais sobre a política ambiental do Brasil, especialmente relacionadas ao desmatamento na Amazônia.

“Eu ajudei a coordenar uma resposta para ela [carta], a agenda do Brasil tem se modificado muito. Ele tem se mostrado muito mais numa agenda pró-sustentabilidade. O mundo reconhece isso. A narrativa melhorou.”

Desafios Futuros

O desafio para o Brasil nos próximos anos é promover um crescimento sustentável, mantendo o equilíbrio fiscal e a atenção às questões sociais.

“Não adianta crescer sem olhar o social, mas não adianta crescer de forma não sustentável fiscalmente”, conclui Campos Neto, ressaltando a necessidade de mais reformas focadas em crescimento e produtividade.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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