Entre casarões antigos, bandeirolas coloridas e o cheiro doce de milho e amendoim no ar, o Pelourinho viveu mais uma edição inesquecível. Foram noites em que cada canto ecoou forró, xote, baião e muito mais. O Largo do Pelourinho, o Terreiro de Jesus, o Cruzeiro de São Francisco — todos os espaços se tornaram pistas de dança a céu aberto, abraçando turistas, moradores e forrozeiros apaixonados.
A programação deste ano foi um verdadeiro presente para os sentidos. O lendário Trio Nordestino fez o chão vibrar com sua tradição viva, Mestrinho encantou com sua sanfona virtuosa, e Alceu Valença incendiou o Pelô com clássicos que transformaram multidões em um só coro. Mas o brilho da festa também veio do povo: de quem subiu as ladeiras de mãos dadas, de quem dançou agarradinho, de quem sorriu, cantou, se emocionou.
Mais que uma festa, o São João do Pelô foi uma celebração da identidade baiana e nordestina. Uma memória coletiva costurada entre os azulejos coloniais e a fogueira acesa no peito de cada um. A decoração, o artesanato, as comidas típicas e os grupos culturais fizeram do Centro Histórico um palco vivo da tradição junina, onde passado e presente se abraçam ao som da zabumba.
Agora, enquanto os últimos acordes ecoam na lembrança e as luzes começam a se apagar nas janelas enfeitadas, resta a certeza de que algo grandioso aconteceu. O Pelô mais uma vez provou que não é apenas cenário — é personagem principal dessa história feita de cultura, pertencimento e calor humano.
Acabou o São João Pelô da Bahia 2025. Mas o que ele despertou em nós — isso não acaba nunca. Fica no peito, no corpo que ainda dança mesmo em silêncio, e na contagem regressiva para o próximo ano.
SÃO JOÃO PELÔ DA BAHIA, uma realização da 585 Studios, com apoio do Governo do Estado, através da Superintendência de Fomento ao Turismo – Sufotur.
