Homenagem a Zélia Gattai na Casa do Rio Vermelho
Nesta sexta-feira (8/3), a partir das 17h, a Casa do Rio Vermelho, que foi lar de Jorge Amado e Zélia Gattai, abre suas portas para uma serenata pública em tributo ao Dia Internacional da Mulher. Este evento especial reúne apresentações em vídeo, narrações e anedotas, celebrando o legado de Zélia Gattai.
Relembrando “As Amadas Canções”
O sarau revive o espírito da mesa musical “As Amadas Canções”, uma homenagem feita a Jorge Amado durante a primavera dos museus. Situado na Rua Alagoinhas, 33, no bairro do Rio Vermelho, o local acolhe o evento com ingressos ao valor de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), este último estendido aos residentes de Salvador mediante comprovante de residência.
Uma Mulher à Frente de Seu Tempo
Maria João Amado, neta de Zélia e Jorge e uma das organizadoras do evento junto à cantora Guida Moira, enfatiza a importância de Zélia como uma mulher pioneira.
“Zélia Gattai foi uma mulher visionária, que nunca se viu na sombra de Jorge, mas sim ao seu lado, compartilhando a vida e o trabalho”, afirma.
O Poder da Arte e Cultura
Maria João destaca também o papel crucial da arte e da cultura como veículos para a expressão feminina, historicamente silenciada ou mascarada sob pseudônimos.
“A arte é um meio poderoso pelo qual as mulheres podem reivindicar sua voz e lugar, revelando a intensidade de suas experiências e lutas”, complementa.
Legado de Zélia Gattai
Zélia Gattai (1916-2008), escritora, fotógrafa e memorialista brasileira, teve sua voz literária reconhecida tarde na vida, mas com impacto duradouro. Sua obra “Anarquistas Graças a Deus” marcou sua estreia memorável na literatura. Em 2001, Zélia foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira nº 23, anteriormente do seu esposo, Jorge Amado. Juntos, compartilharam mais de 50 anos de vida conjugal na residência que hoje abriga o espaço cultural dedicado a seus legados.