sexta-feira, 5 dezembro 2025
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Reforma Administrativa prevê fim da aposentadoria compulsória e punições mais rígidas para juízes e promotores

A proposta de Reforma Administrativa em debate na Câmara prevê o fim da aposentadoria compulsória como punição a magistrados e membros do Ministério Público, substituindo-a por possibilidade de demissão em caso de má conduta.

Reforma Administrativa propõe mudanças nas punições a juízes e promotores

Reforma Administrativa prevê fim da aposentadoria compulsória e endurece punições para juízes e promotores com possibilidade de demissão.

Fim da aposentadoria compulsória

A proposta de Reforma Administrativa em discussão na Câmara dos Deputados prevê o fim da aposentadoria compulsória como forma de punição para juízes e membros do Ministério Público. O relator da matéria, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), afirma que a medida corrige uma distorção ao acabar com o que considera um “prêmio” concedido a quem comete má conduta, já que magistrados afastados continuam recebendo altos vencimentos.

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Nova regra para aplicação de sanções

No lugar da aposentadoria compulsória, a proposta estabelece a possibilidade de demissão por meio de processo administrativo disciplinar, com decisão colegiada do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ou do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Hoje, juízes e promotores só perdem o cargo por sentença judicial definitiva, o que torna as punições mais brandas.

Números revelam distorções

Entre 2008 e abril de 2024, dos 135 magistrados punidos, 59% receberam aposentadoria compulsória, enquanto nenhum foi demitido. O novo modelo busca dar mais rigor às sanções e aumentar a responsabilidade funcional.

Medidas da reforma

O texto da reforma deve ser apresentado na próxima semana e reúne 70 medidas distribuídas em quatro eixos: estratégia, transformação digital, profissionalização do serviço público e combate a privilégios. Entre os pontos de destaque estão:

– Fim das férias superiores a 30 dias;

– Proibição de adicionais de férias acima de um terço do salário;

– Limitação de verbas indenizatórias para evitar dribles ao teto constitucional;

– Regras mais restritivas para o home office.

Combate aos privilégios

Outro ponto central é a criação de um teto de gastos para verbas indenizatórias, tomando como base as despesas de 2020 corrigidas pela inflação. Também será proibida a criação de novos fundos para remunerações e benefícios, e os já existentes deverão ter caráter público, fiscalização dos tribunais de contas e transparência total.

Honorários de advogados públicos

A proposta também disciplina o pagamento de honorários de sucumbência a advogados públicos, exigindo critérios objetivos e maior transparência na distribuição.

Objetivos da reforma

Segundo Pedro Paulo, as medidas têm como foco reduzir privilégios, reforçar a credibilidade do serviço público e torná-lo mais eficiente, aproximando as práticas da administração pública daquelas aplicadas na iniciativa privada, garantindo uso mais justo e responsável dos recursos.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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