segunda-feira, 29 dezembro 2025
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Presidente dos Correios anuncia projeto de reestruturação com foco em modernização e revisão de cargos

O presidente dos Correios, Emmanoel Schmidt Rondon, anunciou nesta segunda-feira (29) um amplo projeto de reestruturação da estatal, que atualmente acumula uma dívida estimada em R$ 740 milhões.

Plano prevê reorganização administrativa, novos serviços e economia anual de R$ 2,1 bilhões para enfrentar déficit histórico da estatal

O presidente dos Correios, Emmanoel Schmidt Rondon, anunciou nesta segunda-feira (29) um amplo projeto de reestruturação da estatal, que atualmente acumula uma dívida estimada em R$ 740 milhões. A proposta inclui modernização tecnológica, revisão de cargos e busca por novas fontes de receita para garantir a sustentabilidade financeira da empresa.

O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa, na qual Rondon destacou que o modelo atual dos Correios se tornou rígido e pouco adaptável às transformações do mercado.

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Estrutura engessada e desafios internos

Segundo o presidente, cerca de 90% das despesas da empresa são fixas, o que dificulta ajustes rápidos e correções de rota. Ele também apontou defasagem tecnológica e modelos de gestão ultrapassados como entraves para a competitividade da estatal.

“Algumas empresas de correio conseguiram se adaptar de maneira mais célere e assertiva. Em geral, buscaram outras fontes de receita para compor o portfólio de serviços. Esse é um dos nossos grandes desafios”, afirmou.


Plano de retomada em etapas

O projeto de reestruturação será implementado em fases. A primeira delas é a recuperação do caixa, com captação de recursos para corrigir o déficit financeiro. Nesse contexto, Rondon citou o empréstimo de R$ 12 bilhões, firmado na última sexta-feira (26) com cinco grandes bancos.

O contrato, publicado no Diário Oficial da União (DOU), envolve Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco e Santander, tem validade até 2040 e conta com garantia da União.


Revisão de cargos e economia bilionária

Na fase seguinte, os Correios entrarão em um processo de reorganização e modernização, ainda sem alterar estruturalmente o modelo de negócio. O foco será criar eficiência operacional para gerar resultados.

Entre as medidas anunciadas estão:

  • Revisão de cargos de média e alta remuneração;

  • Reestruturação nas superintendências estaduais e na sede;

  • Revisão dos planos de saúde e previdência.

De acordo com Rondon, essas ações devem gerar uma economia anual de aproximadamente R$ 2,1 bilhões.


Modernização como eixo central

O presidente reforçou que todo o investimento previsto no plano será acompanhado de critérios rigorosos para garantir retorno e eficiência.

“A ideia é assegurar que cada recurso aplicado na companhia seja bem empregado e cumpra o objetivo de tornar os Correios mais modernos, eficientes e sustentáveis”, concluiu.

O projeto marca uma das maiores tentativas recentes de reorganização da estatal, que enfrenta forte concorrência no setor logístico e pressão por eficiência no serviço público.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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