PGR pede reforço no monitoramento de Bolsonaro por risco de fuga
PGR pede reforço no monitoramento policial de Bolsonaro por risco de fuga antes da fase final do julgamento no STF por tentativa de golpe.
Solicitação ocorre antes de julgamento no STF
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou nesta segunda-feira (25) o aumento do monitoramento policial sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido acontece a uma semana do início das deliberações finais no julgamento em que ele responde por tentativa de golpe de Estado.
Risco de fuga apontado por parlamentares
Em nota encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PGR recomendou que a Polícia mantenha equipes de prontidão em tempo integral para monitorar em tempo real o cumprimento das medidas cautelares impostas a Bolsonaro. A manifestação faz referência ao recurso apresentado pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, que solicitou a prisão preventiva do ex-presidente alegando descumprimento de restrições e risco concreto de fuga.
Descumprimento de medidas cautelares
Desde agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar preventiva em Brasília, determinada após manifestação considerada irregular em redes sociais. Na semana passada, a Polícia Federal informou que o ex-presidente reincidiu no descumprimento das restrições, acusação rebatida pela defesa, que disse haver tentativa de “desmoralizá-lo”.
Comunicações e rascunho de pedido de asilo
A Polícia apontou que Bolsonaro teria se comunicado com outros réus e compartilhado até 300 vídeos em grupos de WhatsApp, apesar das proibições. Nas investigações, foi encontrado ainda um documento de 33 páginas com um rascunho de pedido de asilo político ao presidente argentino Javier Milei, datado de fevereiro de 2024, em que Bolsonaro alegava perseguição política no Brasil.
Possíveis consequências
O julgamento no STF começou em abril e deve ter veredicto entre os dias 2 e 12 de setembro. Caso seja declarado culpado, Bolsonaro pode enfrentar até 40 anos de prisão pelas acusações de tentativa de golpe e obstrução da Justiça.
A PGR deve se pronunciar até quarta-feira (27) sobre as explicações apresentadas pela defesa do ex-presidente.
