Museu Nacional faz apelo por doações para reconstrução após seis anos do incêndio
Necessidade urgente de R$ 95 milhões para reabrir o museu em 2026
Seis anos após o incêndio que devastou o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, a instituição faz um apelo urgente por mais doações para garantir a continuidade da reconstrução. Apesar do ritmo de trabalho ser considerado excelente, o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, alerta para a necessidade de captar R$ 95 milhões até fevereiro de 2025, caso contrário, as obras podem ser interrompidas, comprometendo a reabertura do museu, prevista para abril de 2026.
Recursos e patrocinadores
O orçamento total estimado para a reconstrução do museu é de R$ 491,7 milhões, com recursos provenientes de diversos patrocinadores, incluindo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério da Educação (MEC), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Congresso Nacional, Bradesco e Vale. Apesar do significativo apoio financeiro já recebido, Kellner destaca a importância da participação da sociedade brasileira para alcançar a meta.
Progresso das obras
O trabalho de recuperação do museu inclui a confecção de novos roteiros e circuitos expositivos, além das obras emergenciais e de infraestrutura. Até o momento, 50% do prédio já foi recuperado, com as obras do interior previstas para começar no segundo semestre de 2024. A expectativa é entregar o Bloco 1 (histórico) do museu em abril de 2026, com a reabertura total prevista para 2028.
Inovações no projeto de reconstrução
Entre as inovações do projeto de arquitetura e restauro está a instalação de uma claraboia no pátio da escadaria, que já conta com a aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A claraboia é um dos elementos mais marcantes do novo projeto e faz parte dos avanços recentes na recuperação do edifício histórico.
Como contribuir: doações financeiras e de acervo
Kellner destaca que as empresas e pessoas físicas podem colaborar financeiramente, inclusive utilizando incentivos fiscais da Lei Rouanet, que permite a destinação de recursos que seriam pagos em impostos. Além das doações financeiras, o museu também está em busca de doações de acervo, estimando a necessidade de 10 mil exemplares para compor as novas exposições. Até o momento, já foram arrecadados 1.815 itens.
Campanha Resgate o Gigante: a reconstrução do Dinoprata
Além do apelo por doações para a reconstrução, o Museu Nacional lançou a campanha “Resgate o Gigante”, com o objetivo de remontar o Maxakalisaurus topai, o primeiro dinossauro de grande porte montado no Brasil, conhecido como Dinoprata. A instituição busca arrecadar R$ 300 mil por meio de colaboração coletiva para a pré-produção, produção e exposição do crânio e da coluna vertebral do dinossauro. O museu se compromete a aportar mais R$ 200 mil, necessários para finalizar a montagem completa e pintura do Dinoprata.