Mário Negromonte Jr diz estar arrependido por voto na PEC da Blindagem
O deputado federal Mário Negromonte Jr (PP-BA) declarou nesta quinta-feira (19) estar arrependido por ter votado a favor da chamada PEC da Blindagem, aprovada recentemente na Câmara dos Deputados. Segundo ele, o texto foi modificado sem o conhecimento de parte dos parlamentares, o que classificou como um “golpe tentado no Congresso Nacional”.
Deputado afirma ter sido surpreendido
A fala ocorreu durante discurso no município de Pedro Alexandre, no interior da Bahia, em evento com a presença do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Negromonte Jr afirmou que a proposta inicial tratava de prerrogativas parlamentares, mas sofreu mudanças de última hora.
“Eu quero aqui falar sobre um tema muito importante. Estou muito tranquilo em relação a isso, porque eu fiz pensando que estava fazendo. Fiz com meu coração aberto, como advogado, como um constitucionalista. Na verdade, uma PEC começou para ser uma pec das prerrogativas, para resgatar o que tinha sido tirado ao longo do tempo da constituição de 1988. No dia da votação, mudasse o texto sem os deputados saberem, isso com acordo com os partidos. Fomos pegos de surpresa”, disse.
“PEC da blindagem virou PEC da bandidagem”
O parlamentar lamentou os rumos da proposta, destacando a reação negativa da sociedade.
“A PEC da prerrogativa para restabelecer o que foi perdido desde a constituição de 1988 virou a PEC da blindagem e depois a PEC da bandidagem. E isso é uma coisa que dói muito no coração da sociedade. O que deixa meu coração tranquilo é que eu fiz pensando na justiça e na constituição federal”, completou.
Posição contrária à anistia
Mário Negromonte Jr também ressaltou que votou contra o projeto de anistia, defendido pelo mesmo grupo que articulou a PEC da Blindagem.
“Eu queria deixar esse registro bem claro da minha posição e, ela está bem clara porque logo em seguida votei contra a anistia. Anistia não. Quem deve tem que pagar, e tem que servir no rigor da lei”, afirmou.
Confiança no Senado
Por fim, o deputado disse acreditar que a proposta não avançará no Senado.
“O Senado haverá de fazer justiça mais uma vez”, declarou.
