Itaú realiza demissões em massa e sindicato critica medida
Itaú promove demissões em massa por “produtividade”; sindicato repudia cortes após banco registrar lucro de R$ 11,5 bi.
Cortes atingem funcionários por “aderência cultural e produtividade”
O banco Itaú (ITUB4) promoveu nesta segunda-feira (8) demissões em massa. Segundo a instituição financeira, os desligamentos ocorreram por problemas relacionados à aderência cultural e produtividade dos trabalhadores.
Nas redes sociais, a informação era de que cerca de mil pessoas teriam sido afetadas. O banco, no entanto, não confirmou o número de demitidos.
Em nota ao portal Metrópoles, o Itaú declarou que “realiza avaliações de desempenho e alinhamento cultural como parte de sua gestão de pessoas” e acrescentou:
“Os desligamentos de hoje foram conduzidos de forma criteriosa, considerando diversos aspectos do trabalho e a aderência às necessidades atuais do banco. Essas ações têm como objetivo fortalecer nossa cultura organizacional e a entrega de resultados”.
Sindicato repudia demissões
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região emitiu uma nota de repúdio contra os cortes.
“Apenas no último semestre, o Itaú obteve lucro superior a R$ 22,6 bilhões, com rentabilidade em alta, consolidando-se como o maior banco do país em ativos. É inaceitável que uma instituição que registra lucros bilionários promova demissões em massa sob a justificativa de ‘produtividade’”, afirmou a entidade.
O sindicato também criticou a ausência de diálogo: “não fomos procurados para discutir alternativas de recolocação desses funcionários em outras áreas”.
Lucro bilionário do Itaú
A decisão ocorre poucos dias após o banco divulgar um lucro recorrente gerencial de R$ 11,5 bilhões no segundo trimestre de 2025, alta de 14,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O resultado ficou dentro da expectativa da Bloomberg, que projetava R$ 11,3 bilhões. O desempenho confirma o bom momento do Itaú, conhecido no mercado como um “relógio suíço” pela consistência nos resultados.
