sexta-feira, 18 outubro 2024
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Herança de Tarsila do Amaral se torna alvo de disputa judicial entre herdeiros

Herdeiros de Tarsila do Amaral travam disputa judicial pela administração do legado da artista. Acusações de irregularidades surgem entre os familiares.

Herdeiros de Tarsila do Amaral travam batalha judicial sobre a administração de seu legado

Mais de 50 anos após a morte de Tarsila do Amaral, uma das pintoras mais icônicas do Brasil, uma disputa judicial sobre a administração de sua herança começou a dividir os 56 herdeiros. A receita gerada pelas obras da artista modernista está no centro da batalha, com os descendentes dos irmãos de Tarsila questionando a gestão realizada pela empresa que administra o legado da pintora.

Disputa familiar após leilão milionário

A tensão entre os herdeiros aumentou em 2019, quando o quadro “A Lua” foi leiloado por US$ 20 milhões. Até então, a receita era gerenciada por uma empresa fundada no fim dos anos 2000, em que cada ramo da família tinha um representante. À frente dessa administração estava Tarsila do Amaral, sobrinha-neta da artista, também conhecida como Tarsilinha.

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Tarsilinha, além de organizar o catálogo das obras da tia-avó, era responsável pela negociação dos direitos e pela exploração comercial do acervo da pintora. No entanto, alguns herdeiros passaram a suspeitar de irregularidades na administração, especialmente após descobrirem uma negociação pessoal de Tarsilinha com uma fábrica de chocolate.

Alegações de irregularidades na gestão

Um dos herdeiros, Paulo Montenegro, afirmou que a sobrinha-neta de Tarsila teria firmado contratos com terceiros através de uma empresa pessoal chamada Manacá, o que gerou desconfiança. Tarsilinha, por sua vez, admitiu a existência da empresa, mas ressaltou que ela era de caráter pessoal e não tinha relação direta com o patrimônio da artista.

Contas bloqueadas até a decisão judicial

Diante das acusações e da disputa judicial em andamento, o dinheiro gerado pelas obras de Tarsila do Amaral está sendo depositado em uma conta judicial. Nenhum dos herdeiros tem acesso aos valores até que a Justiça defina como será a administração da herança. Estima-se que a obra de Tarsila continue a gerar receita para os herdeiros até 2043, quando seus trabalhos entrarão em domínio público.

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Marina Carvalho
Marina Carvalho
Jornalista dinâmica especializada em multimídia e narrativa digital, com 10 anos de carreira. Liderou projetos de jornalismo móvel, trazendo inovação e interatividade para a cobertura de notícias.
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