Forças Armadas recontratam 12 mil militares aposentados com salários aumentados
As Forças Armadas do Brasil intensificaram a contratação de militares inativos, alcançando um total de 12 mil, que agora ocupam cargos administrativos e de assessoria. Este movimento representa um aumento salarial de 30% para os contratados e um gasto anual próximo a R$ 800 milhões.
Detalhes das contratações
A contratação focou majoritariamente em oficiais, com ênfase em capitães e coroneis, mais do que sargentos e praças. Os militares aposentados são contratados como prestadores de tarefa por tempo certo (PTTCs), um modelo adotado desde a década de 1990, inspirado por práticas similares nos Estados Unidos.
Funções e distribuição das contratações
Os militares são principalmente designados para funções nas áreas de ensino, saúde e assessoramento, com contratos que têm duração inicial de até 24 meses, mas que podem ser prorrogados até um limite de dez anos. O Exército lidera em número de contratações, seguido pela Marinha e pela Força Aérea.
Controvérsia sobre a transparência das informações
Apesar do número significativo de contratações, as Forças Armadas negaram a divulgação de informações detalhadas sobre onde cada PTTC atua, citando riscos à segurança das operações estratégicas e à sociedade. No entanto, sob pressão da Controladoria Geral da União (CGU), foi concedida a liberação de uma lista com os militares contratados e suas respectivas patentes.