Praias de Florianópolis poderão receber nomes de marcas após aprovação de lei de naming rights
Florianópolis pode inaugurar um novo modelo de parcerias público-privadas no Brasil após a aprovação do Projeto de Lei 19.169/2024, que autoriza a venda de naming rights para espaços públicos — incluindo algumas das praias mais famosas da capital catarinense. A votação ocorreu nesta terça-feira (2) na Câmara Municipal, com 15 votos favoráveis e quatro contrários.
A medida permite que empresas associem suas marcas a locais e eventos da cidade, desde que cumpram as regras municipais e realizem investimentos estruturais. A proposta busca atrair recursos privados para manutenção e modernização dos espaços, mas também reacende discussões sobre identidade cultural e preservação histórica.
O que muda na prática
Com a nova legislação, praias, o Mercado Público, a Passarela do Samba e até eventos como Carnaval e Réveillon poderão ter nomes complementados por marcas patrocinadoras.
Os contratos de naming rights obrigarão as empresas a investir em melhorias e manutenção dos locais adotados.
Licitação definirá regras e contrapartidas
A concessão dos nomes será feita por meio de licitações. Os editais deverão detalhar investimentos mínimos, exigências de preservação e limites para o uso de marca.
A prefeitura reforça que os nomes tradicionais serão mantidos e apenas complementados, evitando substituições completas.
Modelo inspirado no esporte, agora aplicado à cidade
Embora naming rights sejam comuns em arenas e estádios, Florianópolis pretende expandir a prática para pontos turísticos e de grande circulação. O impacto dependerá da adesão das empresas e da reação da população, que ainda debate os efeitos da “comercialização” do patrimônio público.
