Empresário admite crime em caso de homicídio de gari em BH
Empresário confessa ter matado gari após discussão de trânsito em Belo Horizonte; Ministério Público pede bloqueio de R$ 3 milhões em bens.
Confissão prestada no DHPP
O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, confessou nesta segunda-feira (18) ter matado o gari Laudemir Fernandes, 44, durante uma discussão de trânsito no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte. A informação foi confirmada oficialmente pela Polícia Civil, após depoimento no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Detalhes do crime
No interrogatório, Renê relatou que disparou contra Laudemir após uma briga no trânsito, admitindo o homicídio. Ele afirmou ainda que sua esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, não tinha conhecimento de que ele pegaria sua arma, utilizada no crime. Segundo o empresário, esta foi a primeira vez que manuseou o armamento da esposa. O caso ocorreu no último dia 11, quando Renê foi preso em uma academia poucas horas depois do assassinato. Ele teria ameaçado a motorista de um caminhão de limpeza urbana porque o veículo bloqueava a rua. Ao tentar defender a colega, os garis foram confrontados e Laudemir acabou atingido por disparos.
Ministério Público pede bloqueio de bens
O promotor Guilherme de Sá Meneghin destacou que testemunhas reconheceram Renê como autor dos tiros, utilizando a arma da delegada. Para o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), isso caracteriza responsabilidade solidária entre o casal. Diante disso, o MPMG pediu o bloqueio de bens no valor de R$ 3 milhões pertencentes a Renê e à esposa. O objetivo é garantir que os familiares da vítima recebam futura indenização e impedir o possível desvio de patrimônio.
Próximos passos da investigação
A Polícia Civil informou que novas informações serão divulgadas em breve sobre o andamento do caso. Enquanto isso, a confissão de Renê reforça a acusação de homicídio, que deve avançar para as próximas etapas processuais.
