O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) está conduzindo uma operação que visa diretores das empresas 123 Milhas e Maxmilhas. A ação, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), tem como objetivo investigar se os proprietários das empresas cometeram crimes relacionados à lavagem de dinheiro.
Mandados de Busca e Apreensão Cumpridos
Nesta quinta-feira (1º), estão sendo cumpridos 17 mandados de busca e apreensão nas sedes das empresas e em endereços ligados aos sócios localizados na cidade de Belo Horizonte. A investigação procura evidências que possam confirmar a prática de lavagem de dinheiro por parte dos diretores das empresas.
Recuperação Judicial e Suspensão
As empresas 123 Milhas e Maxmilhas entraram em processo de recuperação judicial em outubro do ano passado. No entanto, em uma decisão recente, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou a suspensão da recuperação judicial da 123 Milhas. Essa suspensão ocorreu até que fossem definidos os novos administradores judiciais do caso e esclarecidas as reais condições financeiras das empresas. Esta é a segunda vez que o processo de recuperação judicial é suspenso.
Posição das Empresas
Em resposta à operação e à suspensão da recuperação judicial, as empresas afirmaram que disponibilizaram toda a documentação fiscal, assim como a de seus sócios, à Comissão Parlamentar de Inquérito das Pirâmides Financeiras. Além disso, os gestores da 123 Milhas estão empenhados no processo de recuperação judicial para quitar os débitos com os credores, reafirmando seu compromisso com responsabilidade e transparência.
A operação conduzida pelo Gaeco continua a investigação sobre as possíveis atividades de lavagem de dinheiro e aguarda a conclusão das buscas e apreensões para obter mais informações sobre o caso.