Durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luis Roberto Barroso, instigou um debate desprovido de preconceitos sobre a política de drogas no Brasil. Ele enfatizou a segurança pública como uma das principais questões na América Latina, especialmente na região da Amazônia.
Barroso expressou sua visão de que o problema da segurança pública e violência tem se agravado, destacando a necessidade de incluir essa preocupação na agenda, especialmente na agenda progressista. Ele argumentou que o pensamento progressista negligenciou em alguma medida a questão da segurança pública, atribuindo-a apenas à pobreza e à desigualdade, ressaltando que a segurança pública é uma necessidade para todos, incluindo os mais pobres.
Ao lado do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e da ministra das Relações Exteriores do Equador, Gabriela Sommerfeld, Barroso manifestou sua preocupação com o crime organizado e reiterou seu temor pela soberania da Amazônia.
Segundo Barroso, o Brasil enfrenta o risco de perder a soberania amazônica para o crime organizado, que utiliza a região como rota para o tráfico de drogas. Ele destacou uma série de crimes ambientais associados, incluindo extração ilegal de madeira, mineração ilegal, grilagem de terras e queimadas ilegais.
O presidente do STF ressaltou a necessidade de uma política de segurança pública mais abrangente, propondo um evento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que preside, para discutir temas relacionados à segurança pública e combate às drogas. Barroso enfatizou a importância de enfrentar esses desafios com criatividade e ousadia, sem preconceitos, reconhecendo que a abordagem atual não está alcançando os resultados desejados.