sexta-feira, 5 dezembro 2025
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Deputados prometem retaliação após Senado rejeitar PEC da Blindagem e cobram defesa de Hugo Motta

Após derrota da PEC da Blindagem no Senado, deputados se dizem “humilhados” e pressionam Hugo Motta a defender a Câmara publicamente. Parlamentares falam em represálias à outra Casa.

Deputados prometem ‘troco’ a senadores após rejeição da PEC da Blindagem e cobram defesa de Motta

A rejeição unânime da PEC da Blindagem pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado provocou forte reação na Câmara dos Deputados. Líderes partidários afirmam que a Casa se sentiu “humilhada” pelos senadores e já articulam formas de retaliação.

Pressão sobre Hugo Motta

Um dos principais alvos da insatisfação é o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Deputados reclamam da postura pública do parlamentar, que declarou à imprensa não haver “traição” do Senado e defendeu a autonomia entre as Casas.

Fique ligado! Participe do nosso canal do WhatsApp! Quero Participar

Nos bastidores, no entanto, Motta teria reconhecido que existia, sim, um acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para avançar com a proposta. “Ele [Motta] tem que escolher para quem vai mentir. Ele fala uma coisa para a gente e outra para a imprensa”, disse um líder do Centrão.

Aliados próximos afirmam que, embora Motta reconheça o desgaste, não é de seu perfil promover embates públicos.

Senado expôs a Câmara, dizem deputados

Deputados avaliam que a Câmara foi “exposta” porque o Senado não apenas divergiu, mas “humilhou” a outra Casa ao rejeitar integralmente a PEC e classificar o projeto como “PEC da Bandidagem”.

Um veterano com vários mandatos afirmou que nunca viu um embate tão direto entre as duas Casas, “nem mesmo quando Arthur Lira e Rodrigo Pacheco estavam em lados opostos”.

Possíveis retaliações

Entre as medidas discutidas nos bastidores, estão:

  • Travar projetos de autoria de senadores que precisem tramitar na Câmara;

  • Aumentar a pressão na CPMI do INSS, com a tentativa de quebrar sigilos que poderiam atingir senadores citados em depoimentos;

  • Criar dificuldades para pautas de interesse do Senado em votações conjuntas.

No entanto, líderes reconhecem que um impasse desse tipo poderia paralisar o Congresso: “Aí para tudo”, resumiu um deputado do Centrão.

Atuação de Alcolumbre

Apesar do desgaste, alguns parlamentares isentam Davi Alcolumbre, afirmando que o senador não conseguiu segurar o acordo diante da pressão interna do Senado e das manifestações populares contrárias à proposta. O papel de Otto Alencar (PSD-BA), presidente da CCJ, foi considerado determinante para consolidar a rejeição.

COMPARTILHE ESTE POST:

Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
MAIS NOTÍCIAS

Mais populares