Reajuste autorizado para planos de saúde individuais e familiares
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou nesta terça-feira (4) um reajuste máximo de 6,91% nos planos de saúde individual e familiar. Esse aumento é aplicável de maio de 2024 até abril de 2025 e afeta quase 8 milhões de beneficiários.
Detalhes do reajuste e seu impacto
Este reajuste afeta somente os planos individuais e familiares, não incluindo os planos coletivos empresariais ou por adesão. De acordo com a ANS, o ajuste pode ser aplicado no mês de aniversário do contrato do usuário. Para os contratos que renovam em maio e junho, a aplicação do novo valor começará a partir de julho, com retroatividade.
Compreensão dos cálculos do reajuste
O reajuste de 6,91% é significativamente mais alto do que a inflação acumulada de 3,69% nos últimos 12 meses até abril, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A ANS justifica o reajuste com base não só na inflação, mas também nos custos crescentes dos serviços médicos e insumos, além da frequência de uso dos planos.
Reações e declarações
Alexandre Fioranelli, diretor de normas e habilitação dos produtos da ANS, destacou que o cálculo do reajuste segue uma metodologia que considera a variação das despesas médicas das operadoras e um índice de inflação, visando manter o equilíbrio financeiro do setor.
Contexto histórico dos reajustes
A ANS lembra que os reajustes anuais variam a cada ano. O ajuste anterior foi de até 9,63%, enquanto em 2022 o reajuste chegou a 15,5%, o maior desde 2000. Em contraste, em 2021 houve uma redução de -8,19% devido à diminuição no uso de serviços médicos durante a pandemia de Covid-19.