Lula no Dia do Trabalho: entre pressões e apoio sindical
O presidente Lula (PT) enfrenta seu segundo Dia do Trabalho deste mandato sob crescente pressão por resultados tangíveis e com alta na reprovação do governo, destacando-se a ausência de novos anúncios para a base trabalhadora em um contexto de expectativas elevadas.
Emprego formal e apoio das centrais sindicais
Um dos pontos positivos apresentados pelo governo foi o aumento no número de empregos formais, com a criação de 244.315 vagas em março, conforme dados do Caged. Este é um dos aspectos que Lula deverá enfatizar durante seu discurso no ato unificado das centrais sindicais em São Paulo.
Expectativas frustradas e ausência de novos anúncios
Apesar dos números positivos em emprego e outros indicadores econômicos, como o crescimento do PIB, o governo enfrenta frustrações por não apresentar novas medidas. Este ano contrasta com o anterior, onde Lula anunciou políticas de valorização do salário mínimo e alterações na faixa de isenção do Imposto de Renda durante o mesmo evento.
Pressões internas e reações sindicais
As últimas semanas foram marcadas por uma pressão intensa do presidente aos seus ministros para acelerar as entregas governamentais, em resposta a uma queda nas pesquisas de aprovação. Líderes sindicais expressaram preocupações com a inflação nos preços dos alimentos e a falta de novas políticas significativas, apesar de reconhecerem avanços em áreas como igualdade salarial e regulação do trabalho por aplicativos.
Desafios futuros e promessas governamentais
O governo ainda enfrenta desafios significativos em relação à aplicabilidade de medidas anunciadas e na negociação de pautas de viés social com o Congresso. A regulamentação do trabalho por aplicativos e a fiscalização da igualdade salarial são exemplos de temas em que o governo prometeu avançar, mas encontrou obstáculos significativos.