Proposta do governo eleva salário mínimo para R$ 1.502 em 2025
Detalhes do reajuste proposto
O governo federal enviou ao Congresso Nacional a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2025, sugerindo um salário mínimo de R$ 1.502. Este valor representa um aumento nominal de 6,39%, seguindo a previsão de 3,25% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e um acréscimo de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) registrado em 2023.
Confirmação oficial e previsões futuras
A confirmação do valor proposto foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à GloboNews, e posteriormente pelo Ministério do Planejamento após a divulgação do PLDO. Além disso, o governo antecipou as projeções para os próximos anos, com o salário mínimo previsto para atingir R$ 1.582 em 2026, R$ 1.676 em 2027, e R$ 1.772 em 2028, valores que serão revisados anualmente.
Impacto orçamentário do aumento do salário mínimo
De acordo com o Ministério do Planejamento, cada aumento de R$ 1 no salário mínimo gera um impacto aproximado de R$ 370 milhões no orçamento. Isso se deve ao fato de muitos benefícios, como a Previdência Social, o abono salarial, o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), estarem vinculados ao mínimo. A expectativa é que a alta prevista no salário mínimo resulte em um aumento de R$ 66,7 bilhões nas despesas e um ganho de R$ 63,1 bilhões em arrecadação para a Previdência Social.
Procedimentos legislativos e futuros ajustes
O valor do salário mínimo ainda pode sofrer alterações antes de ser definitivamente aprovado, dependendo dos índices finais do INPC deste ano e de possíveis ajustes na política de reajuste salarial. Pela legislação vigente, o presidente da República deve publicar uma medida provisória até o último dia do ano estabelecendo o valor do mínimo para o ano seguinte.
Comparativo com o salário mínimo de 2024
Em comparação, o salário mínimo para 2024 foi estabelecido em R$ 1.412, representando um ganho real de 3% em relação a 2023. Este valor foi baseado no INPC acumulado de 3,85% até novembro de 2023, somado ao crescimento do PIB de 3% em 2022.