terça-feira, 22 outubro 2024
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TCU identifica falhas do Exército no controle de armas e visa responsabilizar Generais

Auditoria do TCU aponta descumprimento de medidas pelo Exército para melhorar a gestão de armas e munições, mirando altos oficiais para responsabilização.

Relatório do TCU aponta descumprimento do Exército em controle de armas

Uma auditoria conduzida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que o Exército Brasileiro não tem cumprido adequadamente as determinações para o aprimoramento do controle de armas de fogo e munições. De acordo com um parecer técnico da Diretoria de Fiscalização da Defesa Nacional, essa conduta resultou na desobediência de obrigações estabelecidas pelo TCU, violação de legislação específica e prejuízos à política pública de controle de armamentos.

Busca por responsabilização individual

A equipe técnica do TCU agora busca acessar uma lista com os nomes e CPFs dos últimos chefes da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) do Exército, para possivelmente individualizar responsabilidades em face de “irregularidade considerada erro grosseiro”.

“É a primeira vez que apurações sobre o descontrole na fiscalização de armas começam a mirar condutas individuais de militares responsáveis pelos sistemas”, destaca o relatório.

Resposta do Exército

Em nota, o Exército comunicou que não comenta sobre processos de outros órgãos, mas enfatizou que conduz suas ações com base na legalidade e transparência, respeitando todas as imposições e respondendo prontamente aos esclarecimentos solicitados.

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Deficiências no controle e gestão

O processo em análise pelo ministro substituto Marcos Bemquerer visa verificar o cumprimento de uma decisão do TCU de 2017, que demandava a adoção de medidas para melhorar o Sistema de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército (SisFPC). Algumas ações foram implementadas, mas muitas permanecem pendentes, sem justificativa para a inação.

Falhas destacadas pela auditoria

A auditoria identificou a concessão de registros para caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) a indivíduos condenados por crimes, o que é proibido por lei, e a presença de pessoas falecidas listadas como compradoras de munições. Além disso, foi constatada a falta de um sistema eficiente desenvolvido pelo Exército para o controle de venda de munições, comprometendo a política de controle de armas e munições.

Projeção para resolução

Não há prazo definido para a votação ou análises adicionais pelo TCU. Entretanto, o caso reforça a necessidade de aprimoramento nas políticas e sistemas de controle de armas e munições pelo Exército Brasileiro, além de uma possível reconfiguração das responsabilidades dentro da instituição.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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