Pacote de auxílio financeiro a companhias aéreas pode alcançar R$ 6 bilhões, conforme declaração ministerial
O governo federal está desenvolvendo um plano de assistência financeira destinado às companhias aéreas, cujo valor está projetado para situar-se entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões. Este esforço visa fornecer um suporte substancial ao setor aéreo, fortemente impactado pelos desafios econômicos recentes.
Origens e distribuição dos fundos
O financiamento proposto originar-se-á de recursos disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), contemplando a criação de um fundo garantidor específico. Esta medida tem o propósito de assegurar os empréstimos concedidos às companhias aéreas, configurando-se como uma colaboração entre o Ministério da Fazenda, a Casa Civil e o setor aéreo. Neste contexto, o Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou:
“Estamos trabalhando na ordem de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões. Essa é a demanda das aéreas. Elas acham que esses valores seriam suficientes no primeiro momento. A gente espera trabalhar para fechar o montante ao longo do mês de março”, afirmou.
Benefícios esperados para o setor e consumidores
A injeção desses recursos financeiros promete viabilizar não apenas a quitação de dívidas acumuladas pelas empresas mas também possibilitar novos investimentos e a aquisição de aeronaves adicionais. Esta expansão da frota aérea nacional é vista como um vetor de crescimento para o setor, aumentando a oferta de voos e, consequentemente, melhorando a conectividade dentro do país.
“Para o consumidor, são mais aeronaves no Brasil. A Latam sinaliza a compra de 15 novos aviões. A Gol, mais dez, e a Azul, mais 16. São mais de 30 aeronaves novas que vão entrar no Brasil. Isso quer dizer mais voos operando no país e levando para mais destinos”, complementou o ministro.
Lançamento do Programa Voa Brasil
Adicionalmente, foi anunciado o lançamento da primeira fase do Programa Voa Brasil, que disponibilizará 5 milhões de passagens aéreas a partir de março. Este programa representa uma parceria inédita com as companhias aéreas e não envolverá recursos públicos. Destina-se a beneficiar significativamente aposentados e estudantes, como esclarece o ministro:
“Não tem nenhum recurso público neste programa. É um projeto em parceria com as companhias áreas. Cinco milhões de passagens, que vão atender 20 milhões de aposentados e mais 800 mil alunos do Prouni”, completou.