Bolsonaro reforça investigação de tentativa de golpe, segundo PF
O discurso de Jair Bolsonaro (PL) durante um ato na Avenida Paulista neste domingo (25) acendeu novas discussões sobre a investigação de uma possível tentativa de golpe de Estado. Diante de milhares de apoiadores, Bolsonaro se defendeu das acusações, mas mencionou a existência de minutas de texto que sugeriam anular a eleição de Lula (PT), levantando suspeitas entre os investigadores da Polícia Federal.
Criticas e reações Governistas
“O que é golpe? É tanque na rua, é arma, conspiração. Nada disso foi feito no Brasil”, declarou Bolsonaro. “Agora o golpe é porque tem uma minuta do decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha paciência”, afirmou ele, provocando críticas de governistas e petistas, que rechaçam a possibilidade de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Posição dos Investigadores da PF
Para a Polícia Federal, as declarações de Bolsonaro indicam que ele tinha conhecimento das minutas e das tratativas para tentar impedir a posse de Lula. Este fato é considerado crucial na investigação sobre o esquema de tentativa de golpe.
Defesa de Bolsonaro e reações do STF e PT
Enquanto Bolsonaro minimiza sua participação na elaboração das minutas, alegando que eram inexequíveis, a PF acredita que ele não apenas participou da elaboração, como fez alterações para legitimar um golpe de estado. Este posicionamento é reforçado pelas críticas de figuras do PT, como a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães, que condenam qualquer tentativa de normalizar ou anistiar os atos golpistas.
Reações de aliados e críticos
O ato também contou com a presença e o apoio de governadores aliados, mas foi marcado por tentativas de Bolsonaro de adotar um tom mais ameno, focando na pacificação do país e na anistia aos presos pelos ataques golpistas. No entanto, essa posição foi criticada por membros do STF e lideranças petistas, que veem nas ações de Bolsonaro uma ameaça contínua à democracia.
Análise e futuro da investigação
A investigação da Polícia Federal sobre Bolsonaro e seus aliados continua a avançar, utilizando como base mensagens, delações e reuniões de teor golpista. A complexidade do caso e as declarações feitas durante o ato na Avenida Paulista adicionam novas camadas ao entendimento sobre os eventos que culminaram nos ataques de 8 de janeiro e nas subsequentes tentativas de deslegitimar o processo eleitoral.