A ascensão meteórica de Racine Neto
Em meio à efervescência do bregafunk, Racine Neto, um talento de 26 anos oriundo de Paulista, Pernambuco, emerge como uma força disruptiva no cenário musical. Em uma jornada marcada por desafios e superações, Racine, criado em um lar humilde, nunca deixou sua paixão pela música ser eclipsada pelas adversidades da vida. A música sempre foi o seu refúgio, sua essência.
“Vim de uma família muito humilde, vim de Pernambuco, morava em uma cidade pequena perto de Recife chamada Paulista e sempre gostei muito de música. Desde quando eu me entendo de gente eu canto, mas a vida acabou me levando para outros caminhos. Trabalhei de tudo que você pode imaginar, fui vendedor em loja de roupa, trabalhei em portaria, trabalhei no Hospital das Clínicas de Recife de carteira assinada, fiz faculdade de Letras e me tornei professor, mas eu nunca deixei a música de lado.”
Um caminho pavimentado pela resiliência e apoio familiar
Criado pelos avós até os 18 anos, Racine encontrou nos laços familiares a força para seguir seu sonho, mesmo após perder suas referências mais queridas. Com o apoio incondicional de sua mãe e irmã, ele se propôs a não apenas perseguir, mas viver seu sonho de brilhar no palco do arrocha.
“Sempre fui muito apegado aos meus avós, depois que eles morreram eu fui morar um tempo com minha mãe e minha irmã e hoje elas são tudo para mim. Até de longe eu faço questão de tê-las por perto. Tudo que eu conquisto aqui, quero que elas tenham em dobro onde estiverem. As duas sempre me apoiaram na carreira e em tudo que eu quis fazer”, disse emocionado.
Da versatilidade à descoberta de uma verdadeira paixão
Navegando por diversos gêneros musicais, Racine experimentou o bregafunk, alcançando sucesso local com ‘Rebola Lentinho’. No entanto, foi no arrocha que ele encontrou sua verdadeira vocação, uma paixão por cantar e tocar o coração das pessoas. A transição para o arrocha não foi apenas uma mudança de ritmo, mas um encontro com sua autenticidade musical.
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“Eu deixei o emprego quando lancei um bregafunk e estourou lá em Recife, ‘Rebola Lentinho’. Ali eu percebi que dava para viver de música e além de cantor eu comecei a investir na produção musical. Saí porque não estava mais dando conta, trabalhava como plantonista, fazia minhas músicas e produzia outros artistas. Tive que sair porque a música é ciumenta”, brincou.
O arrocha como expressão de identidade
Conquistando uma audiência impressionante nas redes sociais, Racine viu seu número de seguidores multiplicar exponencialmente, evidenciando o apelo de sua música e sua conexão genuína com o público. Sua trajetória no arrocha é marcada por uma busca contínua por originalidade e excelência, distanciando-se de imitações e reforçando sua identidade única no gênero.
“O bregafunk é muito viral e eu percebi que ali era a melhor forma para eu entrar na música em Recife, mas eu gosto de cantar e no bregafunk você não consegue explorar esse lado de cantor. Eu comecei a investir aos poucos em CDs promocionais e comecei com a bregadeira, mas vi que meu negócio era mais arrocha. Comecei a fazer e ver que meu público nas redes sociais, no TikTok e no Kwaii estavam gostando e pedindo mais”, disse o artista que tem o gênero como carro-chefe.
A visão de futuro de Racine no universo do arrocha
Racine encara o horizonte musical com otimismo e determinação, reconhecendo o potencial do arrocha para conquistar o Brasil. Com seus olhos no futuro, ele acredita que, assim como o piseiro, o arrocha está preparado para revelar novos talentos e enriquecer o panorama musical do país, e ele está pronto para ser um dos protagonistas dessa nova onda.
“Eu sei quem eu sou e o que eu quero. A gente precisa ter identidade, e eu tenho a minha. Não quero imitar ninguém, tenho meu jeito de cantar e tenho minhas inspirações, mas não deixo me levar por isso. E eu sei que sou bom no que faço”.
“O arrocha está tomando o Brasil com novos nomes, levando a cultura da Bahia para o país e está em constante crescimento. Acho que está chegando a nossa vez, da mesma forma que veio a do piseiro. A nova geração vem forte, tem eu, tem Nadson, tem o Heitor Costa, cada um com a sua identidade e a gente está conseguindo deixar nossa marca, não estamos nem na metade do que temos para conquistar”.
Acompanhe o trabalho desse artista que conquistou a internet de forma viral com seu talento e voz incríveis. Siga @racinenetooficial