A Polícia Federal conduz a Operação Vigilância Aproximada, que visa desmantelar uma organização criminosa suspeita de usar ilegalmente o software espião da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Um dos alvos é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin durante o governo Bolsonaro.
Mandados de Busca e Apreensão
A PF cumpre 21 mandados de busca e apreensão, incluindo medidas cautelares contra sete policiais federais. As diligências ocorrem em Brasília/DF, Juiz de Fora/MG, São João Del Rei/MG e Rio de Janeiro/RJ, abrangendo o gabinete parlamentar e a residência de Ramagem na Barra da Tijuca.
Uso Ilegal de Ferramentas de Geolocalização
A investigação aponta para o suposto uso ilegal de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis, realizadas sem a devida autorização judicial. O grupo investigado teria infiltrado a Abin, criando uma estrutura paralela para monitorar autoridades públicas e outras pessoas.
Continuação da Operação Última Milha
A Operação Vigilância Aproximada é uma continuação das investigações iniciadas pela Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado. As provas obtidas indicam a criação de uma estrutura ilícita na Abin para ações políticas e midiáticas.
Crimes Suspeitos
Os investigados podem responder por crimes como invasão de dispositivo informático, organização criminosa e interceptação de comunicações sem autorização judicial. As medidas cautelares incluem a suspensão imediata das funções públicas de policiais federais envolvidos.
Alexandre Ramagem, alvo da operação e pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro com apoio de Bolsonaro, ainda não se manifestou. A defesa do deputado não emitiu comentários até o momento.