Renovação de contrato milionário em Sapeaçu contradiz decreto de limitações financeiras
A renovação do contrato no valor de R$ 35,5 milhões entre a Prefeitura de Sapeaçu, na Região Metropolitana de Salvador, e a empresa Pompéia Serviços Terceirizados LTDA – ME provocou forte reação entre moradores e opositores políticos. O documento foi assinado pelo prefeito Ramon de Sena (Republicanos) logo após o município decretar um pacote de cortes e limitações financeiras, o que aumentou as críticas sobre prioridades e transparência na gestão.
Contraste entre decreto de cortes e contrato milionário
O contraste entre a justificativa oficial de crise fiscal e a manutenção de um contrato de alto valor tem causado questionamentos sobre o uso dos recursos públicos. Moradores cobram explicações sobre os serviços prestados pela empresa terceirizada e os critérios que embasaram a renovação.
A soma elevada do contrato, em meio a restrições anunciadas pela própria prefeitura, reforça cobranças por maior vigilância sobre gastos e investimentos considerados não essenciais.
Outros contratos estão na mira do Ministério Público
A gestão de Sapeaçu tem sido alvo de apurações recentes do Ministério Público, o que amplia o clima de desconfiança. Um dos casos investigados pelo MP-BA envolve a contratação direta de uma empresa sem aptidão técnica comprovada para atuar na área da Educação, levantando dúvidas sobre legalidade e eficiência do processo.
Outro procedimento do Ministério Público envolve um contrato firmado com a Mabelê Veículos Especiais LTDA, também sob suspeita de irregularidades.
Pressão por explicações e transparência
Diante das controvérsias, cresce a pressão sobre o prefeito Ramon de Sena para esclarecer o motivo de renovações milionárias em um cenário oficialmente reconhecido como crítico. Entidades locais e cidadãos têm cobrado informações detalhadas, buscando evitar que a situação evolua para ações judiciais ou novas investigações.
