sábado, 6 dezembro 2025
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Ex-prefeito de Quijingue é investigado por omitir contribuições previdenciárias de servidores

O Ministério Público da Bahia abriu inquérito para apurar a omissão de recolhimentos previdenciários feita pelo ex-prefeito Nininho Góis entre 2020 e 2021, o que pode configurar improbidade administrativa.

MP-BA investiga o ex-prefeito Nininho Góis por omissão de contribuições previdenciárias de servidores entre 2020 e 2021 em Quijingue.

Nininho Góis deixou de recolher valores em 2020 e 2021, segundo a Receita Federal

O ex-prefeito de Quijingue, no nordeste da Bahia, Weligton Cavalcante de Góis, conhecido como Nininho Góis (Avante), está sendo investigado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) por omitir o recolhimento de contribuições previdenciárias de servidores municipais nos anos de 2020 e 2021.
A apuração foi instaurada após constatação da Receita Federal de que o município deixou de repassar os valores devidos ao regime previdenciário, o que pode caracterizar atos de improbidade administrativa e irregularidades fiscais.

Irregularidades e falta de transparência

De acordo com a portaria do MP-BA, além da omissão nos repasses, a gestão de Nininho Góis também falhou na divulgação pública das informações sobre despesas de pessoal, descumprindo princípios da Lei de Acesso à Informação e da Lei de Responsabilidade Fiscal.
A ausência de transparência, segundo o órgão, dificultou o acompanhamento das contas públicas e reforça a gravidade das suspeitas. O inquérito foi instaurado sob sigilo judicial, e as investigações buscam confirmar a extensão do dano aos cofres municipais.

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Consequências legais e possíveis penalidades

Caso as irregularidades sejam comprovadas, o ex-prefeito poderá responder por improbidade administrativa, o que pode resultar em:

– bloqueio de bens e valores;
– cassação dos direitos políticos;
– ressarcimento integral ao erário;
– responsabilização criminal, conforme a legislação federal.

O MP-BA também pode encaminhar o caso para instâncias de controle fiscal e criminal, ampliando o alcance das sanções.

Histórico de condenação ambiental

Nininho Góis já foi condenado pela Justiça baiana em junho de 2025 por crime ambiental durante sua gestão. A decisão da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) considerou procedente a denúncia do Ministério Público Estadual sobre a manutenção de um lixão a céu aberto em área rural do município.

O ex-prefeito foi responsabilizado por lançar resíduos sólidos de forma irregular, provocando poluição e danos à saúde pública, fauna e flora.

A pena imposta foi de um ano de reclusão em regime aberto, substituída por prestação de serviços comunitários, além da inclusão do nome de Nininho Góis no rol de culpados e da suspensão de seus direitos políticos, conforme previsto na Constituição Federal.

O novo inquérito amplia o cerco judicial ao ex-gestor, que agora enfrenta duas frentes de investigação por irregularidades administrativas e ambientais cometidas durante o período em que esteve à frente da Prefeitura de Quijingue.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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