sábado, 6 dezembro 2025
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Mistério chega ao fim: polícia esclarece situação de Japinha do CV após megaoperação no Rio

Após rumores sobre a morte de Japinha do CV, polícia divulga lista oficial das vítimas da Operação Contenção e não confirma a presença de nenhuma mulher entre os mortos.

Polícia confirma que nenhuma mulher está entre os mortos da megaoperação no Rio, levantando suspeitas de que Japinha do CV esteja viva.

Operação Contenção deixou 121 mortos e se tornou a mais letal da história do Rio

A megaoperação no Rio de Janeiro, realizada na terça-feira (28), terminou com 121 mortos, sendo 117 suspeitos e quatro policiais. Batizada de Operação Contenção, a ação nos complexos do Alemão e da Penha teve como alvo o Comando Vermelho (CV) e se tornou a mais letal da história do estado. Entre os nomes que circularam nas redes sociais após o confronto, estava o de Penélope, conhecida como “Japinha do CV”, apontada como uma das seguranças do traficante Doca, principal alvo da operação.

Segundo relatos, Japinha teria sido morta com um tiro de fuzil na cabeça, e um vídeo mostrando o corpo de uma mulher com roupas camufladas e colete balístico viralizou nas redes sociais. A imagem levou muitos a acreditarem que se tratava da jovem, conhecida nas comunidades por sua atuação armada.

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Rumores e desinformação nas redes

Após a repercussão, surgiram boatos de que Japinha do CV estaria viva. Um áudio divulgado pelo portal BNews mostra uma suposta ligação dela com um amigo, na qual afirma não ter sido alcançada pela polícia.

Agora, novos indícios fortalecem essa versão: a lista oficial divulgada pela polícia, publicada pela coluna de Mirelle Pinheiro, no portal Metrópoles, não contém o nome de nenhuma mulher entre os mortos. Assim, mesmo sem a confirmação do nome completo da Japinha, tudo indica que ela não está entre as vítimas da operação.

Quem é Japinha do CV

De acordo com o historiador e escritor Joel Paviotti, especialista em Educação e Segurança Pública, Japinha atuava como uma das principais seguranças do traficante Doca, sendo considerada “soldado de elite” dentro da facção.

“Ela era uma das pessoas que fazia a contenção e parte da segurança do Doca, mas circulava pela Penha, pelo Alemão e por outros morros do Comando Vermelho que precisassem de reforço. Era uma espécie de soldado de elite”, explicou Paviotti em entrevista ao canal Iconografia da História, no YouTube.

A coluna Na Mira, do portal Metrópoles, reforça que Japinha era responsável pela proteção das rotas de fuga e pontos estratégicos de venda de drogas, atuando na linha de frente das operações criminosas.

Paviotti descreve ainda que a jovem cresceu na Vila Cruzeiro, na Penha, e desde cedo aprendeu a manusear armas, combater em áreas de mata e realizar segurança armada.

“Era bastante conhecida não apenas no Alemão, mas em diversos outros lugares. Tinha fama de ser cruel quando precisava impor respeito e era totalmente linha de frente”, disse o pesquisador.

Família pede respeito nas redes

Após a divulgação das imagens do corpo que seria de Japinha, a irmã da suspeita fez um apelo nas redes sociais pedindo que cessassem as postagens de fotos da jovem morta.

“Por favor, parem de postar as fotos dela morta. Eu e minha família estamos sofrendo muito. Esse perfil será usado para postar fotos dela feliz e sorrindo, em homenagem”, declarou a irmã.

Ela também afirmou que as redes sociais de Japinha serão mantidas para preservar a memória da jovem, a quem chamou de “Musa do Crime”, expressão que viralizou nas redes sociais durante a repercussão do caso.

Com as novas informações, o mistério sobre o destino de Japinha do CV ainda não está completamente encerrado, mas as evidências apontam que ela pode ter sobrevivido à operação que marcou a história recente do Rio de Janeiro.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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