EUA autorizam CIA a realizar operações secretas na Venezuela contra Nicolás Maduro
O governo dos Estados Unidos, sob o comando do então presidente Donald Trump, autorizou oficialmente a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de derrubar Nicolás Maduro do poder.
A informação foi confirmada pelo próprio Trump, que afirmou que o país sul-americano “está sentindo a pressão”, em referência às medidas que vêm sendo tomadas desde o início da estratégia americana.
Plano inclui pressão militar e ações de inteligência
De acordo com fontes próximas à Casa Branca, o plano norte-americano envolve operações militares de dissuasão nas fronteiras e costa venezuelana, ações de espionagem e operações especiais de captura de líderes do regime chavista.
A determinação de Trump à CIA teria sido clara: Maduro deve ser preso ou eliminado, caso não abandone o poder voluntariamente.
O objetivo, segundo o governo americano, seria “restaurar a democracia e a estabilidade regional” e “proteger os interesses estratégicos dos EUA na América Latina”.
Embora o plano não preveja uma invasão direta, o Pentágono e a CIA vêm ampliando a presença militar e de inteligência nos arredores da Venezuela, especialmente no Caribe e na Colômbia, países que têm cooperado com os Estados Unidos em ações conjuntas de combate ao narcotráfico e ao tráfico de armas.
Maduro sob pressão internacional
A confirmação das operações ocorre em meio ao agravamento das tensões entre Washington e Caracas.
Maduro acusa os Estados Unidos de promover “golpes de Estado e sabotagens” em solo venezuelano, enquanto o governo americano afirma que o regime chavista é responsável por violação de direitos humanos, corrupção e associação com grupos criminosos internacionais.
Segundo fontes citadas pelo The New York Times, o plano de ação da CIA também busca enfraquecer a rede financeira e logística do chavismo, mirando aliados de Maduro e altos oficiais das Forças Armadas venezuelanas.
Impacto regional e mensagem a aliados
Além da Venezuela, a operação teria objetivos estratégicos mais amplos na América Latina, com foco em reafirmar a influência dos Estados Unidos e enviar um recado político a países da região.
O México é considerado o principal destinatário da mensagem, segundo fontes ligadas ao Departamento de Estado.
Washington quer sinalizar que ações ligadas ao crime organizado e alianças com regimes autoritários terão resposta firme e imediata.
O Brasil também aparece nos relatórios como um parceiro estratégico na política de segurança regional, especialmente nas áreas de inteligência, fronteira e combate a organizações criminosas transnacionais.
Contexto das tensões
Desde o rompimento diplomático entre Venezuela e Estados Unidos, em 2019, as relações entre os dois países têm sido marcadas por sanções econômicas, bloqueio de ativos internacionais e disputas sobre a legitimidade do governo de Maduro.
Em meio à crise política e econômica, a confirmação de Trump sobre as operações secretas da CIA amplia o clima de incerteza no Caribe e reacende temores de intervenção militar ou conflitos regionais.
