Cuidadora dopa idoso doente e rouba R$ 500 mil no Rio de Janeiro
Uma mulher identificada como Vanisse Silva de Almeida, de 34 anos, foi presa nesta segunda-feira (13) em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ), suspeita de dopar um idoso sob seus cuidados e aplicar um golpe de R$ 500 mil.
A prisão foi realizada por mandado de prisão preventiva expedido após investigações da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), que apontam que Vanisse fazia parte de uma organização criminosa especializada em fraudes financeiras.
Idoso dopado e desorientado
De acordo com a Polícia Civil, a cuidadora administrava medicamentos em doses superiores às prescritas, deixando o idoso — que se recuperava de um AVC — constantemente sedado e desorientado.
A vítima, devido ao estado de confusão mental, não percebia que seus dados pessoais, cartões e senhas estavam sendo utilizados pela criminosa e por outros integrantes do grupo para realizar operações bancárias ilegais.
Segundo a DRF, a quadrilha abriu contas em nome do idoso, contratou empréstimos consignados e realizou transferências via TED e Pix, sem o consentimento da vítima ou de seus familiares.
“Ao invés de cuidar, ela explorava. O caso é chocante, não apenas pela quantia desviada, mas pela traição à confiança depositada em quem deveria proteger uma pessoa vulnerável”, afirmou a Polícia Civil em nota oficial.
Suspeita de envolvimento de funcionários bancários
As investigações também apuram o possível envolvimento de um gerente bancário, que teria permitido movimentações elevadas sem a presença do titular da conta, descumprindo normas de segurança financeira.
Além dele, outros representantes de instituições bancárias estão sob investigação, por suspeita de facilitar as operações fraudulentas.
A Polícia Civil acredita que a cuidadora atuava em parceria com outros golpistas, responsáveis por gerenciar as transações e lavar o dinheiro desviado.
Fraude e prisão
Vanisse Silva foi presa na casa de familiares e deve responder pelos crimes de furto qualificado, associação criminosa e fraude financeira.
A Polícia Civil informou que o grupo pode ter feito outras vítimas na região metropolitana do Rio de Janeiro, e novas prisões não estão descartadas.
O idoso, cuja identidade não foi revelada, segue em acompanhamento médico e sob os cuidados da família, que agora tenta recuperar os valores desviados.
