sexta-feira, 5 dezembro 2025
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Trump apresenta plano de paz para Gaza e dá 72 horas ao Hamas para libertar reféns

Em reunião na Casa Branca com Benjamin Netanyahu, Donald Trump detalhou um acordo em 20 pontos que exige a libertação imediata dos reféns e prevê novo governo supervisionado por um “Conselho da Paz”. Caso o Hamas recuse, Israel terá apoio total dos EUA.

Trump promete 72 horas para libertação de reféns em proposta de paz para Gaza

Encontro na Casa Branca e anúncio do plano

Em reunião bilateral na Casa Branca nesta segunda-feira (29/9), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apresentaram um plano de paz para a Faixa de Gaza que combina medidas de segurança e propostas diplomáticas. Segundo Trump, Israel concordou com a proposta apresentada.

Prazo para libertação de reféns

O ponto mais imediato do anúncio prevê que, se aceito pelo Hamas, o texto exige a libertação de todos os reféns imediatamente, ou no máximo em 72 horas. “Se aceita pelo Hamas, essa proposta pede a libertação de todos os reféns imediatamente, ou no máximo em 72 horas”, afirmou Trump durante a coletiva conjunta.

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Conteúdo do plano e garantias

O documento tem 20 pontos e estabelece que Gaza deve se tornar um território livre do terrorismo, com garantias de que quaisquer ações defensivas de Israel receberão total respaldo dos Estados Unidos. Trump foi enfático: “Israel tem meu apoio total para enfrentar qualquer ameaça”.

O plano também prevê anistia para membros do Hamas que aceitaram coexistência pacífica e passagem segura para os que desejarem deixar a Faixa de Gaza. Há, ainda, a possibilidade de retirada das Forças de Defesa israelenses do enclave, caso ambas as partes aceitem o acordo, o que abriria espaço para negociações sobre a libertação dos reféns remanescentes.

Conselho da Paz e supervisão internacional

Uma das propostas prevê a criação de um “Conselho da Paz” para supervisionar o novo governo em Gaza. Trump anunciou que o conselho seria liderado por figuras internacionais, incluindo o próprio presidente dos EUA e o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, além de outros representantes externos.

Diálogo regional e reação internacional

Trump afirmou ter discutido o plano com diversos líderes de países do Oriente Médio e além, citando Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Indonésia, Turquia, Paquistão e Egito, entre outros.

“Essas são as pessoas com quem temos lidado e que estão realmente muito envolvidas nessa negociação”, disse o presidente norte-americano.

Netanyahu endossa a proposta

Na coletiva, Benjamin Netanyahu alinhou-se ao discurso de Trump: “Eu apoio o seu plano para acabar com a guerra em Gaza. Nós traremos para Israel todos os reféns. Desmantelaremos as capacidades militares e políticas do Hamas, e garantiremos que Gaza nunca volte a ser uma ameaça para Israel.”

Netanyahu ressaltou que a proposta representa uma oportunidade de encerrar o conflito sem novo derramamento de sangue, mas advertiu que Israel está pronto para agir sozinho se o Hamas recusar o acordo.

“Acho que devemos entender que estamos dando a todos a chance de fazer isso pacificamente, algo que alcançará todos os nossos objetivos de guerra sem mais derramamento de sangue”, afirmou o premiê, complementando que, se necessário, Israel “terminará o trabalho sozinho”.

Consequências em caso de rejeição

Trump deixou claro que, caso o Hamas rejeite a proposta, Israel terá o apoio total dos Estados Unidos para tomar as medidas que considerar necessárias.

“A tirania do terror do Hamas precisa acabar. Isso é para sempre”, declarou o presidente americano.

Possíveis desdobramentos

O plano abre caminhos distintos: se houver aceitação, pode começar uma fase de retirada militar e reconstrução supervisionada; se houver recusa, a retórica sugere escalada do suporte norte-americano a operações israelenses. O prazo de 72 horas para a libertação dos reféns constitui um termômetro imediato da viabilidade prática do acordo.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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