Eduardo Bolsonaro anuncia candidatura em 2026 e ameaça sanções contra Hugo Motta
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta terça-feira (23) que pretende disputar a Presidência da República em 2026, caso seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não seja beneficiado por anistia. A declaração foi feita em entrevista, na qual o parlamentar também ameaçou buscar sanções contra o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Conflito com Hugo Motta
O embate entre os dois ocorreu após Hugo Motta barrar a indicação de Eduardo Bolsonaro como líder da minoria na Câmara dos Deputados. O PL havia anunciado a escolha na última semana como estratégia para evitar que o deputado perdesse o mandato por excesso de faltas, já que ele está desde fevereiro nos Estados Unidos.
Eduardo acusou o presidente da Câmara de ceder a “extorsão” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e disse que vai “levantar a temperatura em cima dele”, citando que buscará sanções junto ao governo de Donald Trump contra Motta.
Decisão da presidência da Câmara
Na decisão que rejeitou a indicação, Hugo Motta destacou que o exercício do mandato exige presença física e que a função de líder da minoria demanda ainda mais envolvimento.
“A ausência física do parlamentar do país o impede de exercer prerrogativas e deveres essenciais à Liderança, tornando seu exercício meramente simbólico e em desacordo com as normas regimentais”, afirmou Motta.
Ele também ressaltou que funções como atuação em plenário e nas comissões são incompatíveis com a ausência de Eduardo Bolsonaro.
Discurso de perseguição política
Na entrevista, Eduardo Bolsonaro voltou a afirmar que é alvo de “perseguição política” e condicionou seu retorno ao Brasil à aprovação de uma anistia ampla.
“Fora isso, volto direto para a cadeia, e eu não sou bandido. Não vou pagar por uma perseguição de insanos que querem se perpetuar no poder”, disse.
Intenção de candidatura
Eduardo reiterou que sua candidatura em 2026 depende do cenário jurídico de Jair Bolsonaro, mas garantiu que, caso o pai não concorra, ele estará na disputa presidencial. O deputado ainda acusou o “sistema” de agir para inviabilizar sua participação em eleições por meio de condenações no STF.
